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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O GRITO (Il Grido) Itália, 1957 – Direção de Michelangelo Antonioni – elenco: Steve Cochran, Alida Valli, Betsy Blair, Dorian Gray, Mirna Girardi, Lynn Shaw, Gabriella Pallotta, Pina Boldrini, Guerrino Campanilli, Gaetano Matteucci, Lilia Landi, Pietro Corvelatti, Elli Parvo – 115 minutos

  POÉTICO E COMOVENTE, DENSO E PROFUNDO, TRISTE E DILACERANTE!!

Outra grande obra-prima do mestre Antonioni que antecedeu a célebre "Trilogia da Incomunicabilidade". Após sofrer desilusão amorosa com uma mulher casada, com quem manteve um longo caso e teve uma filha, o operário Aldo inicia uma jornada existencial pelas estradas da Itália, em busca de respostas. Vagando de cidade a cidade, envolve-se com outras mulheres, à procura de uma saída para o vazio de sua vida. O GRITO foi o primeiro sucesso de Michelangelo Antonioni. Ainda guarda resquícios do Neorrealismo Italiano, e pelo qual Antonioni começou a seguir nos seus primeiros passos, mas rapidamente criou identidade e personalidade própria fugindo do movimento e ao mesmo tempo criando um outro, o seu.


Foi também a primeira oportunidade que o cineasta teve de dirigir atores de Hollywood, mesmo sem serem grandes estrelas do cinemão norte-americano, Steve Cochran e Betsy Blair eram famosos o bastante para serem considerados estrelas internacionais. Betsy então era casada com Gene Kelly. O GRITO marca o encontro de Michelangelo com a sua eterna musa Monica Vitti, que trabalha aqui como dubladora da atriz norte-americana Dorian Gray, que tem um papel de destaque como Virginia, dona do posto de gasolina na estrada com quem Aldo mantém um relacionamento.

Denso, profundo e extremamente triste e pessimista, este filme dilacerante de Antonioni só chegaria ao Brasil em 1965, após o reconhecimento crítico (e mesmo por parte de público), pela trilogia A AVENTURA (L'Avventura, 1960); A NOITE (La Notte, 1961) e O ECLIPSE (L'Eclipse, 1962). Rodado em preto e branco, com fotografia de Gianni Di Venanzo, O GRITO captou, como raros filmes italianos, toda a aridez de uma região pobre da Itália. A música de Giovanni Fusco é igualmente densa e profunda, compondo o emolduramento perfeito a este filme rodado entre o inverno de 1956/57 e que teve suas premiéres em Locarno (14/7/1957), Roma (29/11/1957) e Paris (3/12/1958), obtendo o Grande Prêmio da Crítica no Festival de Locarno (1957) e o prêmio da jovem crítica em Colônia (1960). Poético e comovente, é um dos grandes triunfos de Michelangelo Antonioni. 


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