Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

domingo, 24 de junho de 2012

A MULHER DE PRETO (The Woman in Black) Inglaterra / Canadá, 2012

A MULHER DE PRETO (The Woman in Black) Canadá / Reino Unido, 2012 – Direção James Watkins – elenco: Daniel Radcliffe, Ciarán Hinds, Janet McTeer, Sidney Johnston, Daniel Cerqueira, Tim McMullan, Cathy Sara - 95 minutos. Essa é a nova aposta da produtora Hammer Films – dona de clássicos do horror –, um típico suspense que sustenta um terror britânico gótico. Servindo como um catalisador de idéias de horror e medo, o filme de James Watkins prioriza artifícios recorrentes em filmes de espíritos, desde a fotografia turva, névoa e um mistério com crianças mortas entrelaçado a sustos em demasia, mas com maestria. A produção aposta no talento de seu protagonista que carrega quase o filme inteiro, sempre com uma expressão rija. As razões são denunciadas numa cena inicial quando seu filho de 4 anos lhe mostra um desenho familiar. Acessamos um passado obscuro do personagem de Radcliffe, o advogado Arthur Kipps. Sua feição, entre a esposa e a babá, é a única infeliz. Logo ele se esquiva e segue até o trabalho. A progressão dessa apresentação é rápida e sutil. Ele é incumbido, sob ameaças do chefe, a viajar e resolver problemas relacionados a uma mulher morta que deixara uma mansão após seqüenciais infortúnios. Daniel Radcliffe abandona Harry Potter e arrisca um horizonte não tão distante da fantasia que lhe consagrou, todavia apresenta indícios de um ator esforçado, tal como demonstrado em recentes trabalhos ingleses, como por exemplo “Meu Filho Jack” (My Boy Jack, 2007) e “Um Verão Para Toda Vida” (December Boys, 2007). Com uma bela direção arte (os brinquedos de corda são excepcionais) e uma fotografia sinistra, mas esplendorosa, A MULHER DE PRETO merece ser conferido!!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

FLORES DO ORIENTE (The Flowers of War) China / Hong Kong, 2011

FLORES DO ORIENTE (The Flowers of War) China / Hong Kong, 2011 – Direção Zhang Yimou – elenco: Christian Bale, Paul Schneider, Ni Ni, Tong Dawei – 146 minutos. O chamado Massacre de Nanquim, mesmo passados mais de 70 anos, ainda causa indisposições entre China e Japão. O episódio foi um crime de guerra cometido pelo Exército Imperial Japonês quando da invasão da então capital da República da China, em 1937. Historiadores estimam que cerca de 200 mil pessoas foram dizimadas pelos japoneses, que cometeram inúmeras atrocidades contra militares e civis indiscriminadamente, incluindo o estupro coletivo de milhares de mulheres. Para os chineses, o número de vítimas foi bem maior. Os japoneses adotam um política revisionista dos fatos e negam o massacre. O episódio é o pano de fundo de FLORES DO ORIENTE, o novo grande filme do cineasta chinês Zhang Yimou (O Clã das Adagas Voadoras), roteirizado por Liu Heng e baseado no romance “As 13 Mulheres de Nanquim”, de Yan Geling. Christian Bale (o atual Batman) é John Miller, um sujeito que chega à igreja para enterrar o padre morto, e acaba assumindo o seu lugar para se proteger. Beberrão e folgado, aos poucos, ele vai sendo transformado por aquelas adolescentes que esperam ajuda para fugir da cidade. A chegada de um grupo de prostitutas, liderado por Yu Mo (Ni Ni), desestabiliza o ambiente gerando a disputa de espaço entre as adolescentes e as novas refugiadas que se escondem no porão. Num primeiro momento, o filme retrata estas como vilãs. Quando japoneses invadem a igreja, matando e estuprando as estudantes, as outras mulheres nada fazem, mas se sentirão culpadas mais tarde. Miller se conscientiza do seu papel naquele ambiente, pois, ao lado de um menino que era ajudante do padre, é a única figura masculina naquele ambiente. Além de promover a paz interna, ele é o único capaz de negociar com soldados japoneses e tentar poupar a vida dessas mulheres. FLORES DO ORIENTE é uma produção belíssima e pungente. Zhang prova-se um esteta meticuloso e um diretor habilidoso na condução de cenas de ação, estejam seus personagens empunhando espadas ou fuzis. O diretor sempre equilibrou bem em seus filmes anteriores a beleza das imagens, as cenas de luta e a força emocional de seus personagens. Aqui não ficou por menos. UM GRANDE FILME!!!

sábado, 2 de junho de 2012

BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR (Snow White and the Huntsman) EUA, 2012

BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR (Snow White and the Huntsman) EUA, 2012 – Direção Rupert Sanders – elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Sam Claflin, Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins, Toby Jones, Ray Winstone, Eddie Marsan, Steve Graham, Nick Frost, Vincent Regan, Liberty Ross, Noah Huntley, Christopher Obi – 128 minutos.
Uma Branca de Neve muito guerreira (Kristen Stewart), uma madrasta com enormes poderes mágicos (Charlize Theron), e cenários de conto de fadas de uma cuidadosa produção. Essa é a enésima versão cinematográfica do conto dos irmãos Grimm. A direção é de Rupert Sanders, cineasta egresso de uma publicidade mais inovadora, apresenta um grande apuro estético e repleto de imagens impactantes. Além de decorações e paisagens, esta nova versão da Branca de Neve apresenta um grande duelo de personagens e de atrizes. Charlize Theron empresta sua estonteante beleza e seu talento ao estereótipo da vilã no cinema, a madrasta malvada, uma mulher que no conto original usa disfarce e fala com espelho. No entanto, nesta versão, a personagem aparece com mais poderes do que qualquer super-herói da Marvel.
Do outro lado, aparece a até então Bella Swan, da saga "Crepúsculo", que ganha uma personalidade real para se transformar em uma Branca de Neve guerreira. Trata-se da atriz Kristen Stewart, que, por sua vez, demonstra que é muito mais que uma vampira e que está muito acima de seus companheiros masculinos de elenco, Chris Hemsworth e Sam Claflin. O duelo entre Charlize e Kristen é algo prá se comentar mesmo, apesar das duas aparecerem juntas em poucas ocasiões. Está entre os grandes trunfos do filme. As duas se alternam na missão de carregar o peso de uma história que eleva o papel da madrasta e, por consequência, endurece o da Branca de Neve, que é capaz de enfrentar soldados e encantar com a mesma tranquilidade.
Apesar da rivalidade do duelo, Charlize parece levar vantagem nesta disputa, já que a mesma se recria em uma personagem marcada por tiques nervosos e manias e favorecida por um espetacular figurino, capaz de se transformar em um corvo. Entre as duas protagonistas também há espaço para algumas incursões de outros personagens, como a dos anões, que aparecem como bandidos da floresta e se responsabilizam pelos poucos toques de humor presentes no filme. Trata-se de uma história interessante, bem narrada e com cenas espetaculares, especialmente as das transformações da madrasta, que abandona momentaneamente a doçura do conto para se fazer mais amarga, mais adulta e mais interessante.