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domingo, 18 de dezembro de 2011

2º Lugar - O PIANISTA (Le Pianiste) França, Alemanha, Polônia, Inglaterra, 2002



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

2º Lugar - O PIANISTA (Le Pianiste) França/Alemanha/Polônia/Inglaterra, 2002 – Direção de Roman Polanski – elenco: Adrien Brody, Thomas Kretschmann, Frank Finlay, Maureen Lipman, Emilia Fox, Ed Stoppard, Julia Rayner, Jessica Kate Meyer, Ruth Platt – 148 minutos.

Para mim, é sem dúvida, o melhor filme do ano de 2002 e um dos dez melhores desta década. Um espetáculo obrigatório, comovente e sensível, de um realismo extraordinário e emocionante até às lágrimas. Um marco na história do cinema! Um triunfo sem precedentes! Adrien Brody está fabuloso numa interpretação apaixonada de um pianista, que sobreviveu à perseguição dos nazistas trocando de esconderijos enquanto Varsóvia era destruída. Sobreviveu durante seis anos, sem sair da cidade, às vezes por causa de sua música, outras vezes por pura sorte. Mostra de forma muito crucial e real como nasceu o Gueto de Varsóvia. Não é nenhuma saga heróica, não há o uso de “mise-en-scène” para provocar lágrimas e nem possui traços de sentimentalismo barato, muito comum em filmes desse gênero, apenas um soberbo e meticuloso trabalho sobre o holocausto.



Este drama poderoso é todo baseado na biografia (publicada em 1946) do polonês Wladyslaw Szpilman, falecido no ano 2000. Em 1939, Szpilman tocava o “Noturno” de Frédéric Chopin num programa de rádio de Varsóvia, quando os alemães tomaram a cidade. A família do pianista era muito bem instruída e vivia muito bem. Ela era formada pelo pai, pela mãe, duas filhas e dois filhos, entre eles Wladyslaw. Não se deixaram levar pelos primeiros sinais de segregação, principalmente quando a Inglaterra declarou guerra à Hitler. Eles acreditaram que logo tudo terminaria bem. E isso, como sabemos, não aconteceu. A Polônia caiu nas mãos dos alemães e uma tragédia de proporções inimagináveis se solidificou. Primeiro veio a limitação das quantias em dinheiro que os judeus podiam guardar. Depois, as braçadeiras com a estrela-de-David, a proibição de entrar em restaurantes, de sentar nos bancos dos parques, de freqüentar escolas. Logo foram transportados para o gueto; depois vieram os trabalhos forçados, a fome, as execuções casuais, os cadáveres largados pelas ruas, a deportação para os campos e o terrível extermínio.



O próprio diretor – Roman Polanski – foi judeu perseguido pelo nazismo, por isso aqui ele faz uma viagem a esse passado, de forma impecável. Muito do filme não passa de memórias do cineasta. É o seu filme mais pessoal. O drama real do pianista polonês se funde com a infância de Polanski, que morava em Cracóvia desde os 03 anos, quando a guerra começou. Polanski ficou celebrizado por filmes de notável qualidade, mas duas obras o consagraram por definitivo: o perturbador O BEBÊ DE ROSEMARY (1968), um dos mais inquietantes filmes do cinema e o eletrizante CHINATOWN (1974). O PIANISTA recebeu 7 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Montagem, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, mas só ganhando nestas três: Melhor Diretor (Roman Polanski, merecidamente), Melhor Ator (Adrien Brody, muito justa a sua premiação, pois ele faz miséria com a emoção do espectador) e Melhor Roteiro Adaptado. Ganhou também a Palma de Ouro no Festival de Cannes; dois Bafta, concedido pela Academia Britânica, além de dezenas de outros prêmios importantes. Lançado originalmente aqui em São Paulo em 03 de março de 2003, foi um enorme sucesso de crítica e de público. O grande mérito deste espetáculo inesquecível é o de transformar uma realidade brutal num filme otimista. Arrebatador e violentamente emocional é um relato íntimo, verdadeiro, real, como nenhum outro sobre o holocausto. Um drama soberbo e poderoso!! Um dos maiores filmes do cinema!!

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