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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

NO OLHO DO FURACÃO (The Hurricane Heist) EUA, 2018 – Direção Rob Cohen – Elenco: Toby Kebbell, Maggie Grace, Ryan Kwanten, Ralph Ineson, Ben Cross, Jamie Andrew Cutler, Christian Contreras, Jimmy Walker – 103 minutos   

  600 MILHÕES DE DÓLARES ROUBADOS A MIL KILOMETROS POR HORA 


O furacão é um grande pano de fundo que dá um ar de novidade. O público que procura um filme realmente sobre uma catástrofe natural pode se decepcionar, mas aqueles que buscam um filme de ação sairão satisfeitos das salas de cinema. O furacão é somente um terceiro elemento que serve para atrapalhar e criar uma tensão em uma trama espetacular e eficaz. Com uma fotografia belíssima; excelentes cenas de ação e uma direção impecável, é um filme para quem procura para prender a respiração. Apesar de muitas situações inverossímeis, há muita originalidade em fugir do esquema “caçadores de emoção” e migrar para o gênero policial. Inegavelmente divertido, é como se “Onze Homens e Um Segredo” se juntasse com “Twister” e o resultado, por mais questionável que seja, garante bons 100 minutos de diversão. 


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

PARAÍSO PERDIDO – Brasil, 2018 – Direção Monique Gardenberg – elenco: Erasmo Carlos, Lee Taylor (Odair) Júlio Andrade (Angelo), Humberto Carrão (Pedro), Jaloo (Imã), Felipe Abib (Joca), Marjorie Estiano, Julia Konrad, Malu Galli, Hermila Guedes, Seu Jorge, Celso Frateschi, Nicole Puzzi, Cristina Mutarelli – 110 minutos  

                      UMA POESIA SENTIMENTAL SOBRE O AMOR LIVRE 


Este grande lançamento do ano é um belíssimo filme de resistência. Numa época que cinema, literatura e televisão colocam em cena famílias fraturadas nas quais todos se odeiam, o longa vai no sentido contrário, trazendo como protagonista um clã que se mantém unido apesar das adversidades, tendo a música como uma espécie de mediadora das relações. É um filme melancólico, no qual as pessoas se amam apesar de seus erros – ou, possivelmente, por causa deles. O principal cenário do filme e também seu esqueleto, uma espécie de árvore genealógica que sustenta seu grupo de personagens e os mantém unidos. A partir desse cenário todas as relações serão construídas, estabelecidas e futuramente modificadas. 

A linda trilha sonora produzida pelo cantor e compositor Zeca Baleiro é uma preciosidade, com grandes clássicos do cancioneiro brega a corroborar a narrativa e envolver temas como traição, vingança e paixão. Há que se destacar canções dos principais nomes do gênero musical em questão, como Márcio Greyck, Odair José, Reginaldo Rossi, Belchior, Fernando Mendes, José Augusto, Adilson Ramos, Paulo Sérgio, Raul Seixas e até Roberto Carlos. Cada faixa conduz a memória afetiva não só dos atores, mas faz os saudosistas nas poltronas cantarolarem cada famoso refrão. Este lindo filme propõe um olhar cheio de doçura às novas configurações familiares.  


Paraíso Perdido” é o nome de uma boate. Mas não apenas. É o emblema de algo recôndito, escondido, uma utopia preservada em meio ao seu contrário, a distopia generalizada. É, com seus conflitos, um espaço de afetos e entendimentos. A boate tem um caráter melancólico que combina com a teia assumidamente novelesca que Monique apresenta, desdobrando afetos e emoldurando uma colcha fina que permeará ações e reações, do passado e do presente. Quanto ao futuro, é através desse jogo que o filme estabelece o seu, tentando e conseguindo acarinhar cada um daqueles seres. Um dos melhores filmes do ano!! 



domingo, 16 de setembro de 2018

SE NÃO EXISTISSE VOCÊ (Se Non Avessi Più Te) Itália, 1965 – Direção Ettore Maria Fizzarotti – elenco: Gianni Morandi, Laura Efrikian, Anna Maria Polani, Nino Taranto, Gino Bramieri, Dolores Palumbo, Raffaele Pisu, Enrico Viarisio, Aroldo Tieri, Vittorio Congia, Nino Terzo, Stelvio Rosi, Dino Mele – 95 minutos.

  UM DOS MAIORES SUCESSOS DA LONGA CARREIRA DE GIANNI MORANDI


Um dos maiores sucessos da carreira do grande cantor italiano Gianni Morandi, que marcou toda uma época de paz e amor e psicodelia. Realizado na década de 1960, no auge da carreira do cantor, é um filme propaganda para divulgar o trabalho de um grande artista. Gianni Morandi, internacionalmente famoso, fez um sucesso estrondoso nessa época, onde estrelou vários filmes, cujos temas eram o amor, as suas canções favoritas e o entretenimento juvenil. Em 2014, Gianni Morandi completou 70 anos. Vale pela presença sempre carismática dele e pelas suas inesquecíveis canções. Merece ser conferido, até para conhecer o retrato de uma geração!! 


sábado, 15 de setembro de 2018

O PROCESSO – Brasil, 2018 – Direção Maria Augusta Ramos – Aparições de Lindenberg Farias, Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann, José Eduardo Cardozo, Jean Wyllys – Documentário – 140 minutos

UM VERDADEIRO EXERCÍCIO DE COMPREENDER NÃO APENAS O NOSSO PAÍS


Maria Augusta Ramos possui em seu histórico documentários que discutem o sistema judiciário brasileiro, como Justiça (2004) e Juízo (2007). Em “O Processo”, a diretora segue pelo mesmo caminho, por tratar o impeachment como algo que parte de um procedimento político-jurídico, permeado por um jogo repleto de brechas, onde reina a insuficiência de discursos imparciais, dado o recorte proposto, que investiga esse momento histórico do Brasil com certo comedimento, mas sem a omissão de sua visão política. Em seus primeiros minutos, o filme nos mostra a votação na Câmara dos Deputados sobre o desligamento da então presidente Dilma Rousseff, cujo processo de impeachment foi uma chantagem explícita de Eduardo Cunha, que mais tarde teria o seu mandato cassado pelo plenário da Câmara. A falta de apoio da oposição levou o político a ameaçar o Partido dos Trabalhadores a esse ponto, colocando a Chefe de Estado na linha dos bombardeios mais estrondosos, tendo como principal munição uma carga elevada do ódio mais inflamável. (Observatório do Cinema) 


A cineasta não busca grandes sacadas de montagem, nem a criação de efeitos poéticos, metafóricos, ou ainda a captação de imagens externas ao universo político. O espectador fica focado da primeira à última cena nos mesmos personagens, os mesmos corredores, criando uma exaustão pertinente ao circo de absurdos. A propósito, um político evoca “O Processo”, de Franz Kafka, no qual o personagem principal também é condenado sem crimes, num julgamento orquestrado e sem possibilidade de defesa justa. Com este projeto, Maria Augusta Ramos não traz revelações bombásticas sobre os bastidores da política nacional, nem apresenta imagens esteticamente deslumbrantes. Sua preocupação se encontra na articulação de uma quantidade imensa de informações de modo lógico, claro, e capaz de retratar ambos os lados sem caricaturar a oposição – embora tenha um posicionamento crítico evidente. Este é um cinema político assumido como tal, de vocação progressiva, libertária, de esquerda. Acima de tudo, é um cinema que acredita no valor da argumentação, elemento cada vez mais raro na sociedade e na mídia atualmente. (Bruno Carmelo – Adoro Cinema) 


A diretora Maria Augusta Ramos teve a difícil (para não falar iluminada!) tarefa de desenvolver um documentário que mostrasse a realidade e os bastidores do que levou ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que durou de 2015 à agosto de 2016, de forma não-imparcial, afinal, sua visão para os fatos é única e exclusivamente para expressar o golpe de estado que o país sofreu e como foi articulado minuciosamente. Difícil e ousado, definitivamente. No fim das contas, “O Processo” se torna uma obra histórica, com toda sua contemporaneidade, daqueles filmes que serão exibidos nas escolas quando a hora certa chegar. E há de chegar. Afinal, a mentira tem perna curta e a verdade sobrevive através do tempo para ser documentada em um filme como este, que busca te fazer refletir, não apenas sobre a queda de um partido político, como muitos irão enxergar, mas também sobre a essência de um país. (Thiago Muniz – Cine Pop) 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

INDEPENDÊNCIA OU MORTE – Brasil, 1972 – Direção Carlos Coimbra – elenco: Tarcísio Meira (D. Pedro I), Glória Menezes (Marquesa de Santos), Kate Hansen (Dona Leopoldina), Emiliano Queiróz (Chalaça), Manoel da Nóbrega (Dom João VI), Dionísio Azevedo (José Bonifácio), Heloísa Helena (Carlota Joaquina), Renato Restier (Barão de Mareschall), Anselmo Duarte (Gonçalves Ledo), Maria Cláudia (Amélia), Rubens Ewald Filho, Vanja Orico, Francisco Di Franco, José Lewgoy, Carlos Imperial, Flora Geny, Edson França, Sérgio Hingst, Milton Vilar, Rodolfo Arena, Clóvis Bornay, Lola Brah, Monique Lafond, Labanca, Abílio Pereira Almeida, Antonio Patiño, Carlos Miranda, Macedo Neto, Jairo Arco e Flexa, Waldir Fiori, Manoel Vieira, Victor Merinow, Roberto Ferreira, Tarcísio Meira Jr e muitos outros – 108 minutos

                             O GRITO QUE CONTINUA BRADANDO


Com um elenco espetacular, encabeçado por Tarcísio Meira e Glória Menezes e tendo como ponto de partida o dia da abdicação de D. Pedro I, é traçado um perfil do monarca, desde quando ainda menino veio da Europa, quando sua família fugia das tropas napoleônicas e sua ascensão a Príncipe Regente, quando D. João VI retornou para Portugal. Em pouco tempo a situação política torna-se insustentável e o regente proclama a independência, mas seu envolvimento extraconjugal com a futura Marquesa de Santos provoca oposição em diversos setores e José Bonifácio de Andrada e Silva pede demissão do Ministério, mas este não seria o único caso que ministros e nobres entrariam em choque com o imperador por causa da marquesa, que permanentemente influenciava as decisões do soberano, mas tudo isto causava um inevitável desgaste político.


Uma realização primorosa, com reconstituição de época impecável, tornando-se um dos grandes lançamentos no ano, na época, e arrecadando uma das maiores bilheterias da década. Foi feito de encomenda, para as comemorações do sesquicentenário (150 anos) da Independência do Brasil, em 1972. Foi um sucesso estrondoso, tornando-se um dos filmes brasileiros mais assistidos naquela geração. Um elenco grandioso, reunindo o que tinha de melhor naquele ano. Tarcísio Meira está esplêndido e Glória Menezes, impecável. Sem falar nas performances magníficas de Kate Hansen, Maria Cláudia, Anselmo Duarte, Dionísio Azevedo, Vanja Orico, entre outros.  Merece ser conferido e descoberto pelas novas gerações e revisitado pelos cinéfilos mais antigos. 


segunda-feira, 3 de setembro de 2018

OITO MULHERES E UM SEGREDO (Ocean’s 8) EUA, 2018 – Direção Gary Ross – elenco: Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Rihanna, Helena Bonham Carter, Sarah Paulson, Mindy Kaling, Awkwafina, Elliott Gould, Richard Armitage, Dakota Fanning, James Corden – 110 minutos

            QUANDO ELAS ENTRAM EM AÇÃO, O MUNDO SE TORNA PEQUENO