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sexta-feira, 7 de julho de 2017

QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO (A Dog’s Purpose) EUA, 2017 – Direção Lasse Hallström – elenco: Josh Gad, Dennis Quaid, Peggy Lipton, Bryce Gheisar, K. J. Apa, Juliet Rylance, Luke Kirby, Gabrielle Rose, Michael Bofshever, Britt Robertson, Logan Miller, John Ortiz, Nicole LaPlaca, Kirby Howell-Baptiste, Pooch Hall, Michael Patric – 100 minutos

                          TODO CACHORRO EXISTE POR UMA RAZÃO 


Um filme com cara de “sessão da tarde”, que não tem qualquer ambição fora ser um passatempo ameno até demais e nenhuma vergonha de ser descaradamente melodramático. O sueco Lasse Hallström, realizador de “Minha Vida de Cachorro” (Mitt Liv Sum Hund - 1985); “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador” (What’s Eating Gilbert Grape – 1993); “Regras da Vida” (The Cider House Rules – 1999); “Chocolate” (Chocolat – 2000), com a Juliette Binoche e Johnny Depp; “Sempre ao Seu Lado” (Hachi: A Dog’s Tale – 2009), entre outros, volta a usar um cachorro como protagonista e isca para choro livre. Baseado no homônimo best-seller de W. Bruce Cameron, “A Dog's Purpose” (título original) é estrelado por um cão inquieto sobre o seu existir. Conforme o título indica, ele morre e reencarna várias vezes em busca de respostas e do reencontro com seu dono mais querido, Ethan, primeira pessoa a amá-lo. O menino entra em cena na segunda vida do cachorro, em 1961, o batiza de Bailey e é realmente o melhor companheiro que ele poderia sonhar. Cheio de energia, carinhoso, cúmplice e paciente, Ethan tem sua imagem boa construída com tanto esmero que chega até a roubar o protagonismo durante algum tempo - o que não chega a ser ruim para a história. Bryce Gheisar, que interpreta o garoto, é puro carisma e fofura, e o adolescente K. J. Apa mantém as características quando ocorre a passagem de tempo. 

Narrada com inocência e leveza pelo cachorro, que na versão legendada tem a voz um tanto quanto infantil de Josh Gad (“Frozen – Uma Aventura Congelante”), a produção começa tentando "ser" o cão, com uso e abuso da câmera subjetiva. No início a opção é divertida, mas depois incomoda um pouco. O diretor continua com seu estilo que funciona. Ele filma bem, sabe contar histórias familiares, tem talento para fazer chorar e sempre consegue. Comparando com “Sempre ao Seu Lado”, este “Quatro Vidas de um Cachorro” é menor pela irregularidade da narrativa e incongruências do personagem principal, mas tem a vantagem de não buscar tão desesperada e escancaradamente as lágrimas dos espectadores. O filme teve problemas com as acusações de maus tratos animais, que caíram como uma bomba pouco antes da sua estreia e o transformaram no famoso "filme do cachorro que apanhou".  Mesmo assim é um filme leve, divertido, que por muitas vezes se entrega aos clichês, mas sempre tendo consciência da sua simplicidade, não tentando conquistar seu espectador através das lágrimas somente. Lasse Hallström segue a cartilha do melodrama espírita numa vertente canina. Embora manipulador de emoções, o filme sabe como comover o espectador que tem um pet em casa.

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