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domingo, 2 de julho de 2017

PATTON, REBELDE OU HERÓI? (Patton) EUA, 1970 – Direção de Franklin J. Schaffner – elenco: George C. Scott (General Patton), Karl Malden (General Bradley), Michael Bates (Montgomery), Ed Binns (Bedell), Stephen Young (Cap. Chester), Lawrence Dobkin (Coronel Gaston), John Doucette (General Lucian), Siegfried Rauch (Cap. Steiger), Paul Stevens (Tenente-Coronel Codman), Karl Michael Vogler (Marechal Rommel), James Edwards, Frank Latimore, Richard Münch, Morgan Paull, Michael Strong, Tim Considine (Soldier who gets slapped) – 173 minutos

          UM FILME DE GUERRA ABSOLUTAMENTE DEVASTADOR!! 


Aclamado pela crítica internacional como um dos mais espetaculares e assombrosos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. PATTON é um retrato absorvente de um dos maiores gênios militares do Século XX. Ele foi o único general aliado que realmente era temido pelos nazistas. Radical, conservador, rígido e extravagante, Patton desenhava seus próprios uniformes, ostentava um revólver com cabo de marfim, e acreditava que havia sido um grande guerreiro em vidas passadas. Ele ludibriou Rommel na África, e após o Dia D, comandou tropas em uma campanha sem descanso por toda a Europa. Mas ele era tão rebelde quanto brilhante, e apesar de ter uma incrível visão e perspicácia, sua própria personalidade era um inimigo que ele jamais conseguiria vencer. 

O que Francis Ford Coppola conseguiu com seu roteiro – pronto desde 1964, mas só filmado em 1970 – foi levantar uma polêmica sem precedentes, ao talhar seu personagem principal com uma eloqüência febril, um messianismo desproporcional e um caráter tão violento que parece filiado ao fascismo. O verdadeiro general George Patton (nascido em 1885 e falecido em 1945) era, pelo visto, tudo isso e mais um pouco. Ele entrou para a História comandando o III Exército dos EUA na Segunda Guerra, quando se mostrou um demônio estrategista nas batalhas de blindados em solo europeu e na Tunísia. O Patton que Coppola traçou e Franklin J. Schaffner dirigiu à risca é um maníaco que oscila entre o brilho ofuscante das estratégias vitoriosas e a vileza no tratamento de seus comandados. A carreira do mais controvertido comandante norte-americano da Segunda Guerra é contada aqui de forma brilhante e competente. O diretor realizou um trabalho primoroso, com, entre outros fatores, uma fotografia extraordinária e de grande impacto. 

O filme possui duas seqüências que se tornaram clássicas e famosas, que ficarão para sempre como um dos grandes triunfos do cinema:  a primeira é a seqüência antes dos títulos, com a bandeira norte-americana tomando toda a tela, sem som, e Patton, em uniforme completo, fazendo um discurso de seis minutos sobre sua filosofia de batalha; e a segunda, é aquela quando Patton esbofeteia um soldado, que sofria de fadiga de batalha, acusando-o de covardia. Por causa dessa atitude, ele foi destituído do comando do Sétimo Exército, na Sicília. Anos mais tarde, ele fez um pedido de desculpas. Essas duas seqüências antológicas causaram enorme repercussão quando do lançamento do filme. A rivalidade com o Marechal Montgomery chegou a um ponto crítico e, mesmo depois do espetacular avanço pela Normandia, quando venceu o cerco de Bastogne, Patton foi mobilizado por ordem de Eisenhower que, pressionado politicamente, dá prioridade à frente de Montgomery. O filme termina pouco antes do desastre de automóvel em que Patton morreu, em 1945. 

Desde 1951, o produtor Frank McCarthy, general-brigadeiro reformado, queria filmar a biografia de Patton. Ninguém demonstrava interesse, até que Darryl F. Zanuck e a 20th Century-Fox aceitaram o projeto. O filho de Patton não aceitava o roteiro; John Huston e William Wyler desistiram de dirigí-lo; os historiadores do Pentágono e os contemporâneos de Patton custavam a concordar entre si. Coppola fez o roteiro final em 1965, mas Edmund H. North teve que reforçar a estrutura da história. As filmagens começaram em fevereiro de 1969, na Espanha, com um orçamento de 12 milhões de dólares. O filme recebeu dez indicações ao Oscar e ganhou sete, inclusive Melhor Filme do Ano. George C. Scott foi premiado como melhor ator, mas recusou o Oscar alegando: “A vida não é uma corrida de competição, por isso não me considero em competição com meus colegas de profissão, em busca de prêmios ou reconhecimento”. Nunca foi buscar a estatueta. Um filme poderoso e perpétuo!!!. 


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