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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A GAROTA DESCONHECIDA (La Fille Inconnue) Bélgica / França, 2016 – Direção Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne – elenco: Adèle Haenel, Olivier Bonaud, Jérémie Renier, Louka Minnella, Thomas Doret, Christelle Cornil, Olivier Gourmet, Jean-Michel Balthazar, Pierre Sumkay, Yves Larec – 113 minutos

    OS IRMÃOS DARDENNE DISCUTEM A CULPA QUE A PRÓPRIA CULPA TEM 


No novo filme dos irmãos Dardenne, a mulher vai à guerra – novamente. Agora, Jenny Devin (Adèle Haenel, em grande desempenho) é uma médica eficiente e certa de suas ações. É nessa certeza inflexível, porém, que ela perde o tato: o expediente terminou e, ao ouvir a campainha do consultório, Jenny proíbe seu estagiário de ver quem é; o turno acabou e, se fosse algo grave, o paciente insistiria.

Os belgas Luc Dardenne e Jean-Pierre Dardenne são dois dos mais cultuados cineastas europeus da atualidade, sendo dos poucos a terem conquistado por duas vezes a badalada Palma de Ouro do Festival de Cannes (“Rosetta”, em 1999 e “A Criança”, em 2005). O cinema deles é marcado por algumas características, como a câmera na mão que geralmente acompanha poucos protagonistas, quando não só um, de forma muito natural.

O filme consegue conjugar o fatalismo dos irmãos Dardenne com um nível de ternura nunca antes atingido. Um sucesso plenamente encarnado pela composição bruta de Adèle Haenel, jovem demais para o papel, e no entanto perfeitamente moldada. (Louis Blanchot – Chronic’art.com)

Como sempre, os Dardenne estão afinados com o momento político da Europa, sem afastar-se de sua permanente ligação com o que faz a essência da condição humana. Faz bem assistir a um filme assim. (Neusa Barbosa – Cineweb)



A naturalização evidente das atuações e os temas humanistas que levam a diferentes discussões sociais são características do cinema dos cultuados irmãos Luc Dardenne e Jean-Pierre Dardenne. Com este “A Garota Desconhecida”, a dupla discute imigração. Tem uma talentosa protagonista, Adèle Haenel, oriunda do extraordinário L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância (L'apollonide - Souvenirs de la maison close, 2011) e um texto que depende da atuação para funcionar. E funciona muito bem quando centrado em sua personagem principal, Jenny. Um filme meticuloso e sensível!!


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