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domingo, 14 de maio de 2017

A PONTE DO RIO KWAI (The Bridge on the River Kwai) EUA, 1957 – Direção David Lean – elenco: William Holden, Alec Guinness, Jack Hawkins, James Donald, Sessue Hayakawa, André Morell, Geoffrey Horne, Peter Williams, John Boxer - 161 minutos.

     UM DOS MAIORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS COMPLETA 60 ANOS 


Em seus épicos intimistas, David Lean sempre foi considerado um estudioso do comportamento humano. O seu personagem típico é um alienado - como o militar interpretado por Alec Guinness em A PONTE DO RIO KWAI. Prisioneiro dos japoneses num campo do Pacífico, ele resiste altivamente ao comandante Sessue Hayakawa, convencido da superioridade intelectual e moral que lhe confere o fato de ser cidadão britânico. Em seus filmes, o diretor David Lean historiou a grandeza e a derrocada do Império Britânico. O personagem interpretado por Hayakawa - ator japonês lendário, que fez carreira em Hollywood nos anos 1920, quando manteve com o latin lover Rodolfo Valentino o affair amoroso que Nagisa Oshima tentou, mas não conseguiu, transformar em filme - também acredita na superioridade nipônica. O choque desses dois temperamentos é inevitável. Alec Guinness aceita construir uma ponte sobre o Rio Kwai com toda a eficiência da engenharia britânica. Quer provar que realmente pertence a uma cultura superior, sem se dar conta de que a referida ponte será usada para o transporte de tropas e armamentos dos japoneses, portanto, contra os ingleses. Entra em cena o oficial norte-americano interpretado por William Holden. Pragmaticamente, ele vem para destruir a ponte, já que se trata de peça vital do sistema japonês de segurança. Cria-se um novo choque, entre Holden e Guinness, que não suporta a idéia de ver destruída a obra de sua vida. Culmina na explosão do desfecho, quando uma expressão, repetida diversas vezes - "Madness" (Loucura) -, resume o que Lean quer dizer sobre a guerra e os homens. O cineasta foi um grande narrador clássico e aqui está uma das melhores amostras disso. 


O filme foi rodado na Inglaterra e no Sri Lanka. Os autores do roteiro, Carl Foreman e Michael Wilson, estavam na "lista negra", acusados de pertencer a organizações comunistas, pelo que tiveram de trabalhar secretamente, e sua contribuição não foi credenciada na primeira versão. Por essa razão, o prêmio Oscar de Melhor Roteiro Adaptado foi concedido unicamente a Pierre Boulle, autor da novela original, que nem sequer sabia inglês. Em 1984, a Academia concedeu um prêmio póstumo aos dois roteiristas. Em 1992, foi relançado em vídeo com os novos créditos do roteiro, corrigindo uma injustiça histórica. Cary Grant e Laurence Olivier estiveram cotados para o papel do "Coronel Nicholson". Enquanto no filme os prisioneiros construiram a ponte em dois meses, a empresa britânica contratada cobrou 250 mil dólares para construir a referida ponte e levou oito meses para finalizá-la, usando 500 trabalhadores e 35 elefantes. A ponte foi demolida em poucos segundos na cena final do filme. John Ford e Howard Hawks estiveram cotados para dirigir o filme antes de David Lean ser finalmente o escolhido. Um dos maiores filmes de todos os tempos que está completando 60 anos.

Uma das mais belas realizações e um dos maiores clássicos da história do cinema! Uma rara combinação de filme de diversão e de boa qualidade artística. São quase três horas de suspense, coragem e demonstração da inutilidade e loucura da guerra. Mesclando às cenas de ação, um permanente e eletrizante confronto psicológico e cultural. Recebeu 8 indicações ao Oscar e ganhou sete, incluindo Melhor Filme do Ano, Melhor Diretor (David Lean), Melhor Ator (Alec Guinness), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora. Destaque para a fabulosa música de Maurice Jarre, fiel colaborador de David Lean. O filme tornou célebre a marcha militar assobiada pelos soldados (uma cena clássica). Esta história da construção de uma ponte sobre o rio Kwai,  em Burma, durante a Segunda Guerra Mundial, merece figurar entre os maiores épicos dirigidos pelo britânico David Lean, que era um diretor de grandes epopéias e A PONTE DO RIO KWAI é um desses pequenos milagres do celulóide, que sempre crescem a cada revisão. O confronto final é uma das melhores críticas culturais que o cinema ousou transformar em tensão. O filme foi considerado UM TRIUNFO COLOSSAL e até hoje é um dos mais cultuados filmes de guerra de todos os tempos. Obrigatório!!!




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