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domingo, 25 de agosto de 2013

O ATO FINAL (Deep End) Inglaterra / Alemanha, 1970






O ATO FINAL (Deep End) Inglaterra / Alemanha, 1970 – Direção Jerzy Skolimovsky – elenco: Jane Asher (Susan), John Moulder-Brown (Mike), Diana Dors (cliente), Karl Michael Vogler (instrutor de natação), Christopher Sandford (Chris), Louise Martini (prostituta), Erica Beer (Moça do Caixa), Anita Lochner (Kathy), Jerzy Skolimovsky (passageiro), Anne-Marie Kuster (recepcionista do nightclub) – 90 minutos.

Jovem de quinze anos de idade, de origem humilde e recém formado no colegial, não conseguindo boas colocações profissionais, consegue um emprego em um local de banhos públicos, num subúrbio de Londres, onde se torna obcecado por uma colega de trabalho. Apesar dela ser comprometida, o rapaz faz o possível para sabotar o relacionamento, a ponto de persegui-la, tornando-se cada vez mais desesperado pela  moça. Nunca um título fez tanto sentido num filme. Mas neste caso apenas quando chegamos ao final do mesmo. O ATO FINAL (Deep End) conta-nos a história de um jovem um tanto quanto incomum, com um comportamento  insólito e bizarro, ora pela apatia, ora pela obsessão que tem pelas mulheres, no segundo caso apenas por uma, ao longo do filme. 




Sem sombra de dúvida, é o melhor trabalho da dupla central (Jane Asher e John Moulder-Brown). Com um roteiro inovador, impactante e com grandes reviravoltas, uma trilha sonora inesquecível e um elenco afinadíssimo, é um dos melhores filmes da década de 1970. Jane Asher foi indicada ao Bafta, como melhor atriz coadjuvante, e merecia ganhar. Um filme realmente adolescente, saudavelmente irresponsável, visualmente explosivo e devastadoramente sensual!! Subverte várias regras do “bom cinema” e faz um trabalho de composição muito livre e recheado de sinceridade. Comer vários hot dogs, porque não se tem nada melhor para fazer, arrancar e rir de um cartaz com um homem grávido, bolar um método esquisitíssimo para achar uma jóia perdida na neve etc. A forma de filmar é absolutamente notável, uma câmera documental, os atores descontraídos e soltos, saídas muito originais. É nesse cinema, ao mesmo tempo polêmico e irreverente que o diretor faz um filme divertido, humano, poético, sensível e extraordinário.  Jerzy Skolimowski disseca as angústias musicais, sociais e sexuais de um adolescente proletarizado de uma maneira que encantou toda uma geração, permanecendo até hoje intenso.






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