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domingo, 3 de março de 2013

OSCAR 2013 - Grandes filmes e de excelente qualidade!!






A qualidade dos filmes este ano no OSCAR foi como há muitos anos nâo acontecia. Uma seleção de excelentes filmes, aliás de grandes filmes. Mas, mais uma vez predominou os mesmos conchavos de vários anos. A Academia ainda não se livrou daquele conservadorismo e do seu velho corporativismo. Quem deveria ganhar de Melhor Filme do ano, indiscutivelmente, era AMOR, o extraordinário filme austríaco que está mexendo com as platéias do mundo inteiro. Michael Haneke realiza um dos trabalhos mais intimistas e dá uma aula estonteante sobre o verdadeiro conceito do amor, apresentando uma emotiva e dura história sobre um casal que divide o amor pela música e enfrentam um difícil desafio que nos ensina o verdadeiro conceito de cumplicidade. É o maior filme do ano e o mais importante!! Mas já era do conhecimento de todos os entendidos de cinema que a Academia de Hollywood não ia deixar de fazer propaganda de um filme americano para premiar uma obra de arte europeia. Assim, torci o tempo todo para ARGO, que para mim era o filme mais merecedor do prêmio, sem desmerecer os demais, todos como já disse de excelente qualidade. ARGO é o filme mais eletrizante dos últimos dez anos. Há muito tempo não se produzia nada tão espetacular. Seu slogan “o filme era falso, mas a missão era real” não dá a dimensão de quão extraordinário é o filme. Felizmente ele saiu vencedor. A HORA MAIS ESCURA, começou uma campanha boa, pois é um filme muito bem realizado, mesmo com o seu início meio cansativo, com os 22 minutos de cenas de tortura no Afeganistão. Mas devido a sua “polemização” na mídia, com acusações de que o filme apresentava uma imagem enganosa dos EUA, provocando a ira de senadores norte-americanos, suas chances começaram a diminuir. De favorito ele passou a azarão!! LINCOLN, desde o início começou como o franco favorito, principalmente pelo elenco impecável e a assombrosa interpretação de Daniel Day-Lewis (merecedor do seu terceiro Oscar), mas ao longo da demorada campanha até a premiação de ontem, o filme perdeu força, sendo atacado por ser um pouco arrastado, longo demais e contendo alguns erros históricos. O LADO BOM DA VIDA, um filme belíssimo e extraordinário, tinha grandes chances de ser eleito como o melhor do ano, com as atuações soberbas de Bradley Cooper, que também merecia levar o prêmio de Melhor Ator, e de Jennifer Lawrence, que desde que foram anunciadas as indicações saiu disparada como a favorita. A melhor atriz do ano de 2012, sem sombra de dúvida, é Emanuelle Riva, por sua grandiosa interpretação em AMOR, mas também já era do conhecimento de todos que o Oscar não iria reconhecer o seu trabalho premiando-a, por isso, então fiquei torcendo por Jennifer Lawrence, que acabou sendo laureada merecidamente. AS AVENTURAS DE PI é de uma beleza ímpar, seu maior mérito está exatamente nas imagens esplendorosas. Ang Lee mostra aqui novamente a sensibilidade de quem encantou o mundo com a história de amor entre dois cowboys norte-americanos em “O Segredo de Brokeback Mountain”. O filme transmite suas mensagens de teor religioso e humano com eficiência, em uma experiência que se revela rica não apenas no aspecto técnico. OS MISERÁVEIS, do diretor Tom Hooper, emociona plateias de vários países com uma brilhante adaptação do clássico de Victor Hugo. Em grande estilo, ele mergulha de cabeça num musical, trazendo para a tela uma adaptação do espetáculo que fez sucesso nos palcos do mundo todo. Hugh Jackman é um brilho exuberante com sua irretocável atuação e Anne Hathaway, favorita e premiada na categoria de atriz coadjuvante, é outro ponto alto do filme. Apostando na alta voltagem do drama de época, Tom Hooper investe em cenários altamente cuidados, movimentos constantes de câmera e closes nos rostos dos atores, que cantaram ao vivo durante as filmagens, aumentando a emoção das interpretações. Um dos grandes filmes do ano!! INDOMÁVEL SONHADORA - O grande destaque do filme é sem dúvida a atriz mirim Quvenzhané Wallis. Sua naturalidade é algo descomunal, e é o principal motivo de tudo parecer simplesmente realidade. Apesar de poucas falas, ela é a responsável por um tocante voice-over que, hora ou outra, expõe seus pensamentos distantes de nossa concepção, quase sempre pontuados por sentenças imperativas, um reflexo de sua existência movida a costumes e instintos de sobrevivência. É um filme excepcional, que se movimenta por caminhos diferentes, que levam principalmente à reflexão dos problemas de nossa sociedade, com suas diferenças e injustiças, nos fazendo entender a motivação dos sonhos daqueles que aparentemente não tem nada com que sonhar, que já nasceram sem alternativas. Mas contrariando este senso comum, os mesmos são carregados de esperanças, pelo menos enquanto crianças. Por fim DJANGO LIVRE, sempre com a direção notável de Quentin Tarantino. De todos os muitos prazeres catárticos de violência e humor que este divertido filme proporciona, ele ganha o espectador logo no começo, na hora em que Christopher Waltz bota o pezinho na frente para executar um bandido como se fosse um duelista da corte francesa – nenhum é maior do que ver Tarantino e seu ótimo elenco tentando sem medo, entre altos e baixos, encontrar uma linguagem visual e verbal que dê conta da recriação desse complexo mundo. A câmera é ora contemplativa (pastos, montanhas, pôr-do-sol), ora “spaghettiana” (os zooms forçados), dois extremos do western. Um grande filme que merece ser conferido!!

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