LÁGRIMAS
DE ESPERANÇA (Sounder) EUA, 1972 – Direção Martin Ritt – elenco: Cicely Tyson, Paul
Winfield, Kevin Hooks, Taj Mahal, Janet MacLachlan, Carmen Mathews, James Best,
Eric Hooks, Yvonne Jarrell, Sylvia Kuumba Williams, Ted Airhart, Richard
Durham, Myrl Sharkey – 105 minutos
MUITA ALMA E MUITA POESIA NUM
FILME ADMIRAVELMENTE REALIZADO!!
Um
verdadeiro poema de amor e sacrifício, em cenas magistralmente vividas e
dirigidas pelo renomado cineasta Martin Ritt. O diretor tem um talento
reconhecido e com a sua impecável maestria tomou em mãos essa história, muito
bem adaptada, de “Sounder” (no Brasil “Lágrimas de Esperança”). E com uma
interpretação poderosa de Cicely Tyson, que atinge um grau extraordinário
tornando-a inesquecível e fazendo jus à merecida indicação ao Oscar de Melhor
Atriz. Não haverá quem assista, insensível, também à poderosa interpretação de
Paul Winfield. Dois grandes astros que em boa hora foram revelados. Há que se
tirar o chapéu também para Kevin Hooks, que faz o filho da Cicely Tyson. Contando
ainda com um pugilo de intérpretes brilhantes, todos de inegável valor, fez
este belo filme tomar proporções de um super espetáculo (no sentido figurado).
Para alguns críticos é uma obra-prima, mas para o espectador é mais ainda.
Muita alma, muita poesia e muita grandeza num filme admiravelmente realizado e
não é possível resistir à sua beleza e à sua ternura (às vezes amarga, mas
bela). De uma história simples foi realizado o mais elaborado e inesquecível
retrato de uma geração de trevas.
Este
acontecimento cinematográfico causou sensação quando do seu lançamento,
conquistou o beneplácito até mesmo dos mais difíceis críticos e foi aclamado
como um dos dez melhores filmes de sua geração. Recebeu quatro indicações ao
Oscar, incluindo Melhor Filme do Ano (perdeu para “O Poderoso Chefão”), Melhor
Atriz (Cicely Tyson), Melhor Ator (Paul Winfield) e Melhor Roteiro Adaptado. Quando
“Sounder” (Lágrimas de Esperança) entrou em produção nos estúdios da 20th
Century Fox e nos locais escolhidos, longe dos estúdios, para as filmagens
externas, apenas duas pessoas acreditavam que se iniciava então um filme
destinado a grande repercussão: seu produtor (Robert B. Radnitz) e o diretor
Martin Ritt. Eles acreditavam nessa grande realização, entre outras coisas, pelo
seu roteiro que foi feito com grande senso do bom cinema, além do quadro de
intérpretes já citado. As previsões não falharam, o filme só conheceu elogios e
seu sucesso foi verdadeiramente grande. Embora sua simplicidade, é uma obra de
categoria incomum. Foi feito com alma e atingiu o coração de todas as plateias.
Com o fulgor das verdadeiras histórias de amor, é uma obra-prima imperdível!!
O
que salta logo aos olhos, quando se assiste a este aclamado drama, é a
sinceridade de seus intérpretes, o valor de um trabalho transcendente, a
riqueza da sensibilidade de quantos vivem seus papéis sob a direção competente
do cineasta, que “arrancou” tudo deles. A história, simples, é contada,
sobretudo, através da alma, do coração, dos felizes astros que o filme teve.
Daí, certamente, o mundo de elogios que “Lágrimas de Esperança” recebeu por
onde foi exibido, o que o levou a figurar entre os dez (10) mais importantes e
mais destacados filmes de sua época. Uma obra vigorosa e contundente para todos
os que têm olhos para ver e coração para sentir e reconhecer a beleza de um
poema puro. Sem apelações e sem pieguices. Explode aclamado numa era que ficou
conhecida como “novo cinema da nova Hollywood”. Importante e obrigatório!!
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