terça-feira, 8 de novembro de 2011
34º Lugar - O ÚLTIMO SAMURAI (The Last Samurai) EUA, 2003
OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!
34º Lugar - O ÚLTIMO SAMURAI (The Last Samurai) EUA, 2003 – Direção Edward Zwick – elenco: Tom Cruise, Ken Watanabe, Timothy Spall, Billy Connolly, Masato Harada, Tony Goldwyn, John Koyoma, Shichinosuke Nakamura, Shun Sugata, Togo Igawa, Seizo Fukumoto – 144 minutos.
Este é, sem dúvida, um dos melhores filmes da década! Um trabalho extraordinário! O melhor momento da carreira de Tom Cruise... Um filme soberbo e espetacular, que leva o ator ao Japão do Século XVIII no papel de um homem em busca de sua alma. A certa altura do filme, dirigido com grande habilidade por Edward Zwick, (que já realizou o belíssimo LENDAS DA PAIXÃO – 1994), o capitão Nathan Algren, interpretado com impecável exuberância por Tom Cruise, indaga de seu captor, o general samurai Katsumoto (Ken Watanabe), por que ele foi mantido vivo e o que o grupo quer com ele. “Você devia se perguntar o que você quer de você mesmo”, responde o guerreiro, com a graça e a sabedoria de quem abraçou um estilo de vida milenar. A busca por essa resposta é a força motriz dessa aventura ambientada no Japão do Século XIX. Algren, militar condecorado na Guerra Civil norte-americana e soldado ativo na colonização do Oeste – em outras palavras, um homem que participou do massacre das nações nativas que se erguiam ante a força dos “invasores” - é atormentado pelo peso da culpa do que foi obrigado a fazer em nome do dever, a serviço de seu país. E é do outro lado do mundo que ele busca ou a morte, que o livre desse fardo, ou algo ainda mais difícil: redenção. O ÚLTIMO SAMURAI é uma aventura magnífica, grandiosa e de insuperável qualidade. A jornada de Nathan Algren pertence a um cinema tradicional, porém imensamente satisfatório. O diretor Edward Zwick tem um estilo próprio de realizar os seus filmes e aqui, mais do que nunca, ele encontra o tom adequado e um ótimo ponto de equilíbrio. São ferramentas que situam a época e o estado de espírito do protagonista, e servem para contar a história lentamente, deixando o público absorver a passagem do tempo, a motivação de cada personagem e todos os caminhos que culminam em uma batalha entre dois mundos, entre o passado orgulhoso e o futuro mecânico, frio. O cinema em particular descobriu a exuberância natural da Nova Zelândia, talvez um dos últimos lugares que não teve sua vastidão maculada pela mão pesada do homem. Foi lá que o cineasta conseguiu materializar o Japão de ontem, reconstruindo uma vila nipônica arcaica em locação, sem precisar de nenhum retoque digital. Um filme obrigatoriamente imperdível!!!!
Uma realização primorosa e inesquecível! Tom Cruise consegue se sobrepor acima de qualquer outro espetáculo. Como o capitão ianque, herói da Guerra Civil norte-americana, que vai para o Japão, com a missão de treinar as tropas japonesas e combater os samurais que atrapalham os planos de “modernização” do Imperador Japonês, ele desafia qualquer interpretação. Katsumoto (extraordinário desempenho de Ken Watanabe, indicado ao Oscar) é um líder samurai que vive como poucos, seguindo um código de conduta que está desaparecendo. Dois experts na arte do combate, com diferentes visões de mundo e ética, cujos destinos estão entrelaçados de uma forma que ninguém poderia supor. Este filme é um tocante e comovente conto épico sobre o nascimento do Japão moderno. Um espetáculo grandioso e memorável! Sua grandiosidade só é comparável com a de SPARTACUS (1960) e CRUZADA (2005). Recebeu quatro indicações ao Oscar 2004: Melhor Ator Coadjuvante (Ken Watanabe, magnífico!), Melhor Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Injustamente a Academia não o indicou a Melhor Filme. Uma injustiça imperdoável! Mas já estamos acostumados com isso, basta lembrar da não indicação de 2001 - UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (1968); NINOTCHKA (1939); SPARTACUS (1960) e outros tantos filmes memoráveis. O ÚLTIMO SAMURAI é um espetáculo encantador e surpreendente! É um dos dez melhores filmes do ano! A idéia de lealdade e honra apresentadas no filme é simplesmente exuberante e um dos pontos altos. O filme vai ficar para sempre na história da cinematografia mundial como um dos maiores acontecimentos da história do cinema. Um filme que exige rendição à sua energia, à sua força cinematográfica, às suas interpretações e, acima de tudo, à sua visão romântica de um mundo perdido.
Um filme extraordinário que é difícil não se encantar com a sua grandiosidade. É o mais positivo de todos os espetáculos desta década! Houve algumas críticas quanto a tradução brasileira. Alegaram que o título deveria ser “Os Últimos Samurais”, que seria mais adequado, pois, afinal, esse épico retrata justamente os dias finais de guerreiros que, acima de tudo, defendiam até seu último sopro a honra de seu país e a preservação de suas tradições. Mas não como um capricho, e sim como o modo de não deixar sua pátria e seu imperador sucumbirem ante o avanço (e a cobiça) da civilização ocidental. É inegável que, de certo modo, O ÚLTIMO SAMURAI também é um título que pode ser aplicado a Nathan Algren, o personagem de Tom Cruise. Quando somos apresentados a ele, logo na primeira cena, o militar é um farrapo humano entregue à bebida e aos pesadelos do que foi obrigado a fazer em nome do dever. Contratado como “garoto-propaganda” de um fabricante de armas, ele é procurado pelo coronel Bagley (Tony Goldwyn), seu antigo comandante no conflito com os índios – e o homem que ele mais odeia. Ao lado de representantes da nova aristocracia japonesa, Bagley lhe faz a oferta que pode mudar a sua vida: ir ao Japão treinar seu recém-formado exército, que vai substituir os antiquados samurais e levar o país ao futuro, representado por armas de fogo e estratégias militares ocidentais. Algren parte, então, para o outro lado do mundo – não em busca do dinheiro que lhe foi oferecido, e menos ainda por um motivo “nobre”. O que ele procura é fugir do país que tanto lhe deu e tanto lhe roubou. Algren acredita que, do outro lado do mundo, os fantasmas e as lembranças que atormentam seus sonhos podem ser enterrados com trabalho e com um bom uísque. O que ele encontra, porém, são jovens despreparados, temerosos ante os lendários guerreiros milenares sendo colocados de escanteio – em especial o grupo liderado por Katsumoto (Ken Watanabe), um samurai que acredita que essa mudança de costumes pode dizimar a soberania do Japão e, leal ao imperador, tenta impedir que a ganância capitalista ocidental envenene o seu líder. A missão de Algren torna-se, assim, treinar os soldados japoneses, para que eles varram os samurais da face da Terra – assim como ele próprio o fez com os índios norte-americanos. O ÚLTIMO SAMURAI é um filme de exuberante beleza, com imagens lindíssimas, uma fotografia de insuperável encantamento; um roteiro forte e perfeito e um elenco notável, com performances arrebatadoras. Absolutamente fabuloso!!!!
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ANTES DE TUDO, quero lhe parabenizar pelo excelente blog. ADOREI a proposta, a seleção de filmes, a maneira como você compreende e reflete os filmes. Eu gosto muito de O Ultimo Samurai, seu texto percorre bem a obra. Vou ler mais seus arquivos, espero que goste do meu blog também. Te sigo aqui e add ao meus blogs amigos, abs
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