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domingo, 11 de junho de 2017

BROOKLYN (Brooklyn) Inglaterra / Canadá / Irlanda / Bélgica, 2015 – Direção John Crowley – elenco: Saoirse Ronan, Emory Cohen, Domhnall Gleeson, Jim Broadbent, Julie Walters, Samantha Munro, Eileen O’Higgins, Hugh Gormley, Brid Brennan, Maeve McGrath, Emma Lowe, Emily Bett Rickards, Adrien Benn, Fiona Glascott – 117 minutos 

                             DOIS PAÍSES, DOIS AMORES, UM CORAÇÃO  


Uma história comovente e potente sobre escolhas, país, compromissos, sacrifício e amor, "Brooklin" é um retrato soberbo, luminoso e inesquecível sobre quem somos, de onde viemos, para onde vamos, e os lugares que chamamos de lar. Arrebatador e gentilmente nostálgico, o filme eleva o melodrama a um novo patamar com sua transparência emocional e sua simplicidade confiante. E possui elementos de romances antigos com uma reflexão profunda sobre a experiência da imigração. O resultado é uma narrativa terna e comovente, ajudada pelo trabalho excelente de todos envolvidos no filme, tanto em tela quanto nos bastidores. Uma obra tocante construída a partir de uma história simples, que faz um sensível estudo de personagem e que ecoa os grandes melodramas produzidos em Hollywood entre as décadas de 1940 e 1960. Essa nostalgia, contudo, é modernizada graças a uma permanente sensação de melancolia e a uma providencial contenção dramática.

           
O roteiro de Nicky Hornby é uma incrível adaptação do romance de Colm Tóibín, e perpassa os diversos estágios de alguém que está longe de sua família, da necessidade de apoio externo e a beleza do momento em que a personagem se vê madura. Consegue capturar o interesse do espectador convidando-o a participar de uma viagem sentimental e nostálgica repleta de personagens realmente cativantes. Além das maravilhosas atuações do elenco principal resulta numa crônica incrivelmente empática sobre o amor, a perda e a ideia de "lar". A falta de conflito num cenário onde o conflito está determinado como essência é um dos maiores trunfos do filme. O que tinha tudo para ser um dramalhão, ganha contornos de leveza nas mãos do roteirista Nick Hornby, que adiciona mais humor ao texto original. O resultado é delicado, tocante, belo e inesquecível.
                     
A forma como Saoirse Ronan vivencia esse drama, contida, parecendo transparente, mas aos poucos revelando a profundidade de seu drama, coloca a atriz norte-americana de apenas 21 anos como um nome promissor. Ela traz intensidade e maturidade para a sua personagem, Eilis como a sua atuação mais espetacular até o momento. A atriz encontra profundidade tanto nos momentos mais tristes, quanto nos mais contagiantes. Saoirse brilha, num registro entre a inocência e a sagacidade, como a protagonista desse belo grande filme de época (se passa no início dos anos 1950). No filme do pouco conhecido cineasta John Crowley, Saoirse é a irlandesa Eilis Lacey. Com poucas perspectivas em seu país, a tímida menina embarca, a convite do padre Flood (Jim Broadbent), para a “América”, terra das oportunidades, deixando, a contragosto, a mãe viúva e a irmã, a quem é muito apegada, para trás. Saoirse Ronan é uma encarnação estonteante do empoderamento feminino. Vista em quase todos os planos do filme com seus penetrantes olhos azuis e sua luminosa tez pálida, ela é uma força e um rosto que eleva o filme. UM DOS MAIS BELOS FILMES DO ANO!!!


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