A
INOCENTE FACE DO TERROR (The Other) EUA, 1972 – Direção Robert Mulligan –
elenco: Uta Hagen, Diana Muldaur, Chris Udvarnoky, Martin Udvarnoky, Norma
Connolly, Victor French, Loretta Leversee, Lou Frizzell, Portia Nelson, Jenny
Sullivan, John Ritter, Jack Collins, Clarence Crow – 108 minutos
UM
DOS FILMES MAIS CARREGADOS DE INTENSIDADE DRAMÁTICA DOS ÚLTIMOS 50 ANOS!! ABSOLUTAMENTE ASSUSTADOR E TENSO!!
É
um dos mais extraordinários filmes de terror psicológicos já feitos pelo cinema
e um dos mais carregados de intensidade dramática dos últimos 50 anos.
Realizado numa década onde outros dois gigantes do terror assombraram plateias
do mundo inteiro: “O Exorcista” (1973) e “A Profecia” (1976), “A Inocente Face
do Terror” pode ser comparado ou avaliado na mesma proporção desses dois
citados clássicos. Com direção competente e segura de Robert Mulligan (que
realizou em 1962 “O Sol é Para Todos” e em 1971 “Houve Uma Vez... Um Verão”), o
filme possui um toque sobrenatural e prioriza o desenvolvimento de personagens.
Com roteiro de Thomas Tryon, adaptado de seu próprio livro, trata-se uma
obra-prima do cinema de suspense, um dos mais desconcertantes clássicos do
terror psicológico. A história se passa em 1935, numa comunidade rural
norte-americana, em Connecticut, em uma fazenda. Niles e Holland Perry são
gêmeos idênticos e, supostamente, estão por trás de eventos sinistros que estão
ocorrendo na região. O diretor sugere mais do que mostra e isso faz toda a
diferença.
Histórias de crianças em filme de terror nunca foram novidades nem na
vida real nem nos cinemas e muitas são conhecidas do público, como as
crianças do clássico “Os Inocentes” (1960), com Deborah Kerr; os irmãos em “Os
Que Chegam Com a Noite” (1972), com Marlon Brando; o menino sinistro de “A
Profecia (1976), com Gregory Peck; o adolescente perturbado de “Precisamos
Falar Sobre o Kevin” (2011), com a Tilda Swinton; as crianças de “Todas as
Noites às Nove” (1967), com Dirk Bogarde; e “Os Meninos” (1976); as meninas de
“O Espírito da Colmeia” (1973) entre outras. São sempre retratadas como
crianças lindas e ingênuas, com aparência acima de qualquer suspeita, mas,
na verdade, escondem um lado tenebroso.
O filme aqui em questão ganha pontos por esconder ao máximo a
revelação, sem que o espectador possa imaginar a real situação do
protagonista e os motivos que o levaram a ficar nessa condição. Também é
eficiente no sentido de mostrar que um dos meninos não nasceu ruim, ele se
tornou, e sua personalidade ruim foi alimentada indiretamente por algo
sinistro e devastador. Um dos gêmeos é a cara da bondade, é
muito querido por todos e muito gentil. Já o outro começa a demonstrar
sinais de psicopatia desde cedo, fazendo brincadeiras sinistras que
irritam os vizinhos e os familiares. Sem sombra de dúvida, é um dos
filmes mais aterrorizantes do cinema e está entre os dez melhores filmes de
terror de todos os tempos. Obrigatório
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