MULHER
MARAVILHA (Wonder Woman) EUA, 2017 – Direção Patty Jenkins – elenco: Gal Gadot,
Chris Pine, Robin Wright, Connie Nielsen, David Thewlis, Danny Huston, Ewen
Bremner, Saïd Taghmaoui, Eugene Brave Rock, Lucy Davis, Elena Anaya, Lilly
Aspell, Ann Wolffe, Lisa Loven Kongsli, Ann Ogbomo – 141 minutos
O FILME MAIS GIRL
POWER DO ANO QUEBRA MAIS PARADIGMAS DO QUE SE IMAGINA
O amor, em tempos de cinismo, pode parecer um
sentimento piegas, mas "Mulher-Maravilha" deixa claro que ter a
coragem de acreditar nisso é a arma mais poderosa. E o filme consegue mostrar
essa força, em pensamentos, e principalmente, atos. A israelense Gal Gadot é
realmente uma maravilha, mas sua contribuição vai além da beleza. Foi uma
sacada escalar uma moça de Israel, onde as garotas vão para o exército. O filme
ainda arruma tempo para levantar questões mais atuais impossíveis, necessárias
e, de certa forma, indispensáveis para um filme como este, como o feminismo,
por exemplo, colocando uma mulher dona de seu próprio arco dramático, e
rendendo interessantes discussões quando a protagonista adentra o mundo
machista dos anos 1910. Patty Jenkins e Gal
Gadot assumem o controle do
filme mais girl
power do ano e podem quebrar mais paradigmas do que imaginam.
O texto do filme é extremamente contemporâneo
ao dar voz ao empoderamento feminino não só nas atitudes da protagonista como
principalmente no discurso, existe ainda espaço para falar de racismo, abuso de
poder, machismo, e ainda uma precisa e divertida pitada de erotismo. A forma
como a mitologia é abordada com naturalidade e elementos fantásticos como seu
laço e braceletes são introduzidos organicamente, sem exagerar na mão e nem
esconder a origem da personagem, é um grande trunfo da obra. Patty Jenkins
entrega um filme divertido e cheio de charme, características que certamente o
separam das recentes versões para o cinema de propriedades da DC. Embora lide
sim com temas complexos, o filme faz de uma maneira lúdica e sensível, sem
jamais se tornar tolo ou pesado demais. A sensibilidade particular da diretora,
diga-se de passagem, é também fundamental ao permitir que os personagens secundários
possam se tornar multidimensionais, enfrentando seus próprios problemas.
A combinação - simplicidade narrativa e conexão
emocional - dá a Mulher-Maravilha uma aura de cinema antigo, com uma
ingenuidade que se distancia do “sombrio e realista” para abraçar o fantástico.
A inocência é a maior qualidade da heroína de Gal Gadot. Não há músculos
bombados e sim um corpo afinado e delicado, que se encaixa no corpete como uma
luva. A força da Mulher-Maravilha vem da alma, e é aniquiladora. Como a
história se passa quase inteiramente em Themyscira ou na Europa durante a
Primeira Guerra Mundial, o filme tem a oportunidade única de explorar a sua
personagem numa época em que o mundo ainda não ouviu falar de super-heróis - e
"Mulher-Maravilha" aproveita isso ao máximo. É visualmente
impactante, especialmente em virtude da flagrante habilidade de sua
realizadora em contextualizar e significar a ação, evitando cenas
gratuitas ou descartáveis.
Sem entrar em detalhes específicos da trama, o
filme deixa um pouco de lado o tom sombrio de Zack Snyder, mas, para alívio dos fãs da DC,
não chega perto do universo multicolorido e bem-humorado da Marvel. Na verdade,
há uma celebração do fantástico, principalmente ao investir numa abordagem
menos realista, que envolve diretamente um cenário mitológico. A diretora Patty
Jenkins parece ter lido todas as críticas
negativas de “Batman Vs Superman” e “Esquadrão Suicida”, investindo num humor natural e
privilegiando cenas com boa iluminação. Boas partes dos confrontos, por sinal,
acontecem durante o dia, evitando aquela bagunça visual que é o final de “Batman
vs Superman”. O filme funciona como ação, como fantasia, como
aventura e até mesmo como romance. Trata de um amor entre pessoas, mas também
de um amor altruísta pela Humanidade. Neste sentido, chega até a ser um
pouquinho piegas, mas é importante por desenvolver uma protagonista que é forte
e determinada, mas também sensível e capaz de amar.
Eu gostei da sua resenha. Eu amei assistir esse filme no cinema porque a sua historia todo o tempo tem a sua atenção e você fica preso no sofá. Para mim o filme novo da Mulher Maravilha é o melhor. Adorei esta história, por que além do bom roteiro, realmente teve um elenco decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. Não tem dúvida de que Gal Gadot foi perfeita para o papel principal. Fez uma grande química com todo o elenco, vai além dos seus limites e se entrego ao personagem. Já estou esperando o seu próximo filme, seguro será um êxito.
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