O SOM DO CORAÇÃO (August Rush) EUA, 2007 –
Direção Kirsten Sheridan – elenco: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan
Rhys Meyers, Terrence Howard, Robin Williams, William Sadler, Marian Seldes,
Aaron Staton, Alex O’Loughlin, Jamia Simone Nash, Mykelti Williamson, Leon
Thomas III – 114 minutos
A MAGIA DA MÚSICA E O PODER DO AMOR
A história fala de Evan (o
expressivo Freddie Highmore, da nova versão de “A Fantástica Fábrica de
Chocolate”), um garoto órfão que irrita seus colegas de orfanato com seu
alto astral e otimismo. Fascinado por todo e qualquer tipo de som e música, ele
acredita piamente que seus pais ainda voltarão para buscá-lo, ainda que não
exista nenhum motivo concreto para tanta fé. O
roteiro deixa de lado qualquer resquício de realidade e costura da forma mais
previsível possível a vida de Rush, levando-o até mesmo à Jilliard, a mais
conceituada escola de música dos Estados Unidos, onde é tratado como um pequeno
gênio. Um jovem Beethoven ou Bach, que consegue reger os sons do mundo e
transformá-los em música.
As tomadas musicais presentes no filme, a maioria
contando com a presença do personagem Evan Taylor, sustentam-se principalmente
em razão da carismática e sentimental atuação de Freddie Highmore, em mais um
papel magnético. A trilha sonora de Mark Mancina sublinha de maneira convincente
os principais momentos do filme, ressaltando ainda mais a figura de Highmore em
cena - seja esta séria ou descontraída. “O Som do Coração” foi indicado ao Oscar de
Melhor Canção Original com “Raise It Up”, e não é só a música que chama atenção
no filme, mas toda a emoção que o envolve. Com um ótimo roteiro, o filme
consegue mostrar todo o entorno do personagem principal e ainda adiciona um
elemento fortíssimo na conclusão, ligando todos os personagens de uma forma
muito sincera e tranquila.
“O Som do Coração” é leve e bonito, que quando acaba o espectador sente
falta de um final mais intenso e emocionante, assim, como foi o longa inteiro,
mas não decepciona, e vale a pena chegar até o final, assistir a cada cena que
nos levou ao último minuto. Pois apesar de muito simples, é encantador, envolve
o público facilmente na história desse jovem talento, August Rush,
belíssimamente interpretado por Freddie Highmore, que parece sentir cada
palavra que fala, um dos melhores atores de sua idade e perfeito para o papel.
O filme é belo, simples, delicado, sutil, mas tem sua eficiência. Existem
pensamentos bem intencionados nele, é um filme inocente que não faz mal a
ninguém, muito pelo contrário, só traz sentimentos bons e positivos.Vale a pena
acompanhar essa trajetória, ninguém vai passar a ver o mundo de maneira
diferente, nem vai mudar a opinião de ninguém sobre qualquer coisa, prenda-se
ao filme, e sentirá apenas coisas boas, aliás um pouco de amor, esperança e
música não faz mal a ninguém.
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