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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O SOM DO CORAÇÃO (August Rush) EUA, 2007 – Direção Kirsten Sheridan – elenco: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Terrence Howard, Robin Williams, William Sadler, Marian Seldes, Aaron Staton, Alex O’Loughlin, Jamia Simone Nash, Mykelti Williamson, Leon Thomas III – 114 minutos

                            A MAGIA DA MÚSICA E O PODER DO AMOR 


A história fala de Evan (o expressivo Freddie Highmore, da nova versão de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), um garoto órfão que irrita seus colegas de orfanato com seu alto astral e otimismo. Fascinado por todo e qualquer tipo de som e música, ele acredita piamente que seus pais ainda voltarão para buscá-lo, ainda que não exista nenhum motivo concreto para tanta fé. O roteiro deixa de lado qualquer resquício de realidade e costura da forma mais previsível possível a vida de Rush, levando-o até mesmo à Jilliard, a mais conceituada escola de música dos Estados Unidos, onde é tratado como um pequeno gênio. Um jovem Beethoven ou Bach, que consegue reger os sons do mundo e transformá-los em música.


As tomadas musicais presentes no filme, a maioria contando com a presença do personagem Evan Taylor, sustentam-se principalmente em razão da carismática e sentimental atuação de Freddie Highmore, em mais um papel magnético. A trilha sonora de Mark Mancina sublinha de maneira convincente os principais momentos do filme, ressaltando ainda mais a figura de Highmore em cena - seja esta séria ou descontraída. “O Som do Coração” foi indicado ao Oscar de Melhor Canção Original com “Raise It Up”, e não é só a música que chama atenção no filme, mas toda a emoção que o envolve. Com um ótimo roteiro, o filme consegue mostrar todo o entorno do personagem principal e ainda adiciona um elemento fortíssimo na conclusão, ligando todos os personagens de uma forma muito sincera e tranquila.


“O Som do Coração” é leve e bonito, que quando acaba o espectador sente falta de um final mais intenso e emocionante, assim, como foi o longa inteiro, mas não decepciona, e vale a pena chegar até o final, assistir a cada cena que nos levou ao último minuto. Pois apesar de muito simples, é encantador, envolve o público facilmente na história desse jovem talento, August Rush, belíssimamente interpretado por Freddie Highmore, que parece sentir cada palavra que fala, um dos melhores atores de sua idade e perfeito para o papel. O filme é belo, simples, delicado, sutil, mas tem sua eficiência. Existem pensamentos bem intencionados nele, é um filme inocente que não faz mal a ninguém, muito pelo contrário, só traz sentimentos bons e positivos.Vale a pena acompanhar essa trajetória, ninguém vai passar a ver o mundo de maneira diferente, nem vai mudar a opinião de ninguém sobre qualquer coisa, prenda-se ao filme, e sentirá apenas coisas boas, aliás um pouco de amor, esperança e música não faz mal a ninguém. 


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