PLANETA
DOS MACACOS: A GUERRA (War For The Planet of The Apes) EUA, 2017 – Direção Matt
Reeves – elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Karin Konoval, Amiah
Miller, Terry Notary, Toby Kebbell, Ty Olsson, Michael Adamthwaite, Gabriel
Chavarria, Judy Greer, Sara Canning, Devyn Dalton, Aleks Paunovic, Alessandro
Juliani, Max Lloyd-Jones, Timothy Webber, Lauro Chartrand, Roger Cross, Chad
Rook – 140 minutos
PELA
LIBERDADE, PELA FAMÍLIA, PELO PLANETA!!
Depois de três anos de longa espera finalmente
a parte final desta grande saga. Neste radicalíssimo exercício de niilismo
diante da intolerância nossa de cada dia, o ambiente do progresso industrial dá
lugar a uma luta quase medieval. E, nela, nosso coração bate por César e seus
ideais de preservação. "Planeta dos Macacos - A Guerra" traz
uma jornada sóbria, tensa que passa de um filme de vingança a uma narrativa
saborosa sobre a fuga. O diretor espertamente combina tudo isso através da
figura de Caesar, concluindo a saga que começou com "Planeta dos Macacos -
A Origem" (2011). Há uma cena no filme que é mais vívida e assustadora
do que qualquer coisa que se tenha visto em um blockbuster de Hollywood nos
últimos tempos, é um momento de clareza cinemática excitante e terrível da qual
o espectador espera não se libertar nem tão cedo.
"Planeta dos Macacos: A Guerra" pode
ter o corpo de um filme de ação, no entanto tem a alma de um drama artístico e
o cérebro de um suspense político. Tenso, impactante, emocional,
familiar, o filme é tudo isso. Mas o principal elogio vai para a ainda
impressionante computação gráfica em fusão com a interpretação magnífica de
Andy Serkis. O olhar humanizado do animal enfrenta o olhar bestializado
do homem. E, como todo bom filme de ação, "Planeta dos Macacos – A Guerra"
não tem apenas ação. Esta é mesclada a momentos de repouso e mesmo de reflexão,
de modo que a dramaturgia possa funcionar. Por isso, fala mais do que
aparentemente diz. O filme conta com um talento incomum na direção de
Matt Reeves, que sabe transformar o espetáculo pirotécnico em drama humano, com
ênfase marcante nas trocas de olhares entre personagens.
Esse terceiro filme da série é tão bom quanto
seus predecessores: uma aventura arrojada e abrangente contada com confiança e
intensidade. Mais uma vez, Matt Reeves é um dos raros diretores de blockbusters que
conseguem criar épicos em grande escala sem abandonar a intimidade e as
relações dos personagens. Repleto de inteligência emocional, a textura humana
distingue este filme do resto da saga. O título pode sugerir uma batalha intensa, mas
o enredo privilegia o drama em lugar da ação. Isso não significa, porém, perda
de qualidade. Superior ao episódio anterior, o longa-metragem tem uma
história profunda e metafórica ao enfocar o embate entre símios e humanos.
Um dos grandes filmes do ano!!!!
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