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domingo, 20 de agosto de 2017

PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA (War For The Planet of The Apes) EUA, 2017 – Direção Matt Reeves – elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Karin Konoval, Amiah Miller, Terry Notary, Toby Kebbell, Ty Olsson, Michael Adamthwaite, Gabriel Chavarria, Judy Greer, Sara Canning, Devyn Dalton, Aleks Paunovic, Alessandro Juliani, Max Lloyd-Jones, Timothy Webber, Lauro Chartrand, Roger Cross, Chad Rook – 140 minutos 

                            PELA LIBERDADE, PELA FAMÍLIA, PELO PLANETA!!

Depois de três anos de longa espera finalmente a parte final desta grande saga. Neste radicalíssimo exercício de niilismo diante da intolerância nossa de cada dia, o ambiente do progresso industrial dá lugar a uma luta quase medieval. E, nela, nosso coração bate por César e seus ideais de preservação. "Planeta dos Macacos - A Guerra" traz uma jornada sóbria, tensa que passa de um filme de vingança a uma narrativa saborosa sobre a fuga. O diretor espertamente combina tudo isso através da figura de Caesar, concluindo a saga que começou com "Planeta dos Macacos - A Origem" (2011). Há uma cena no filme que é mais vívida e assustadora do que qualquer coisa que se tenha visto em um blockbuster de Hollywood nos últimos tempos, é um momento de clareza cinemática excitante e terrível da qual o espectador espera não se libertar nem tão cedo.

"Planeta dos Macacos: A Guerra" pode ter o corpo de um filme de ação, no entanto tem a alma de um drama artístico e o cérebro de um suspense político. Tenso, impactante, emocional, familiar, o filme é tudo isso. Mas o principal elogio vai para a ainda impressionante computação gráfica em fusão com a interpretação magnífica de Andy Serkis. O olhar humanizado do animal enfrenta o olhar bestializado do homem. E, como todo bom filme de ação, "Planeta dos Macacos – A Guerra" não tem apenas ação. Esta é mesclada a momentos de repouso e mesmo de reflexão, de modo que a dramaturgia possa funcionar. Por isso, fala mais do que aparentemente diz. O filme conta com um talento incomum na direção de Matt Reeves, que sabe transformar o espetáculo pirotécnico em drama humano, com ênfase marcante nas trocas de olhares entre personagens.
Esse terceiro filme da série é tão bom quanto seus predecessores: uma aventura arrojada e abrangente contada com confiança e intensidade. Mais uma vez, Matt Reeves é um dos raros diretores de blockbusters que conseguem criar épicos em grande escala sem abandonar a intimidade e as relações dos personagens. Repleto de inteligência emocional, a textura humana distingue este filme do resto da saga. O título pode sugerir uma batalha intensa, mas o enredo privilegia o drama em lugar da ação. Isso não significa, porém, perda de qualidade. Superior ao episódio anterior, o longa-metragem tem uma história profunda e metafórica ao enfocar o embate entre símios e humanos. Um dos grandes filmes do ano!!!!


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