DE CANIÇO E SAMBURÁ (Hook, Line and Sinker)
EUA, 1969 – Direção George Marshall – elenco: Jerry Lewis, Peter Lawford, Anne
Francis, Pedro Gonzalez Gonzalez, Jimmy Miller, Jennifer Edwards, Eleanor
Audley, Henry Corden, Sylvia Lewis, Phillip Pine, Katheleen Freeman, Felipe
Turich – 91 minutos
A HISTÓRIA DE UM PESCADOR DE “ÁGUAS TURVAS”
Para homenagear um dos
maiores comediantes do cinema e um dos maiores mitos da Sétima Arte – Jerry
Lewis -, que morreu no domingo passado (20.agosto.2017), cabe relembrar “De
Caniço e Samburá”, que apesar de um tom mais amargo e menos caricato do que as
plateias estavam acostumadas, esta é também uma deliciosa comédia do grande
mestre do riso. Na época do lançamento, o ator já tinha 43 anos e buscava
manter seu espaço no coração dos americanos, uma vez que a sua fórmula antiga
começava a dar sinais de desgaste, tendo em vista que a década de 1960 começou
a ter grandes mudanças na história do cinema. Na divertida história um paciente
chamado Fred Dobbs, prestes a ser operado em um hospital no Chile, relembra sua
vida como Peter Ingersoll, um vendedor de seguros da Califórnia passando por
dificuldades, com sua esposa, Nancy e os dois filhos pequenos.
“De Caniço e Samburá” (Hook,
Line and Sinker) foi o último filme dirigido por George Marshall, o diretor que
dirigiu Jerry Lewis em seu primeiro filme para as telas, “A Amiga da Onça”. O
ano era 1949 e naquele período o comediante iniciava uma bem sucedida jornada
no cinema. Vinha de um tremendo sucesso que fazia nos palcos, ao lado de outro
grande talento, Dean Martin. A dupla se manteve por 11 anos e separaria algum
tempo depois, mas os dois seguiriam carreira solo. Uma curiosidade sobre as
filmagens: os cenários externos da casa de Peter e sua família foram feitos na
casa utilizada para a série “A Feiticeira”. O conjunto foi projetado no final
da década de 1950 e usado em outros filmes como “Maldosamente Ingênua” (1959) e
sua sequência e pela série “Jeannie é um Gênio”. Basta observar os
detalhes. Essa comédia do Jerry lembra bastante o que estava em voga na época,
como o que era feito por Doris Day e Lucille Ball. Cabe destacar que 1969 foi
um período de turbulência, a velha Hollywood dava adeus e chegava uma série de
novos cineastas liderados por Steven Spielberg, Brian De Palma, Martin Scorsese
etc. Na comédia, nomes como Woody Allen e Mel Brooks mudariam a fórmula ao se
fazer filmes hilariantes. Nesse campo, figuras como Jerry Lewis, que foi rei
nos anos anteriores, sofreu um pouco para manter seu padrão. Mas ele preferiu
continuar fazendo o que sempre fez. Grande diversão!! Recomendado!!
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