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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

DE CANIÇO E SAMBURÁ (Hook, Line and Sinker) EUA, 1969 – Direção George Marshall – elenco: Jerry Lewis, Peter Lawford, Anne Francis, Pedro Gonzalez Gonzalez, Jimmy Miller, Jennifer Edwards, Eleanor Audley, Henry Corden, Sylvia Lewis, Phillip Pine, Katheleen Freeman, Felipe Turich – 91 minutos

                      A HISTÓRIA DE UM PESCADOR DE “ÁGUAS TURVAS”

Para homenagear um dos maiores comediantes do cinema e um dos maiores mitos da Sétima Arte – Jerry Lewis -, que morreu no domingo passado (20.agosto.2017), cabe relembrar “De Caniço e Samburá”, que apesar de um tom mais amargo e menos caricato do que as plateias estavam acostumadas, esta é também uma deliciosa comédia do grande mestre do riso. Na época do lançamento, o ator já tinha 43 anos e buscava manter seu espaço no coração dos americanos, uma vez que a sua fórmula antiga começava a dar sinais de desgaste, tendo em vista que a década de 1960 começou a ter grandes mudanças na história do cinema. Na divertida história um paciente chamado Fred Dobbs, prestes a ser operado em um hospital no Chile, relembra sua vida como Peter Ingersoll, um vendedor de seguros da Califórnia passando por dificuldades, com sua esposa, Nancy e os dois filhos pequenos. 
“De Caniço e Samburá” (Hook, Line and Sinker) foi o último filme dirigido por George Marshall, o diretor que dirigiu Jerry Lewis em seu primeiro filme para as telas, “A Amiga da Onça”. O ano era 1949 e naquele período o comediante iniciava uma bem sucedida jornada no cinema. Vinha de um tremendo sucesso que fazia nos palcos, ao lado de outro grande talento, Dean Martin. A dupla se manteve por 11 anos e separaria algum tempo depois, mas os dois seguiriam carreira solo. Uma curiosidade sobre as filmagens: os cenários externos da casa de Peter e sua família foram feitos na casa utilizada para a série “A Feiticeira”. O conjunto foi projetado no final da década de 1950 e usado em outros filmes como “Maldosamente Ingênua” (1959) e sua sequência e pela série “Jeannie é um Gênio”. Basta observar os detalhes. Essa comédia do Jerry lembra bastante o que estava em voga na época, como o que era feito por Doris Day e Lucille Ball. Cabe destacar que 1969 foi um período de turbulência, a velha Hollywood dava adeus e chegava uma série de novos cineastas liderados por Steven Spielberg, Brian De Palma, Martin Scorsese etc. Na comédia, nomes como Woody Allen e Mel Brooks mudariam a fórmula ao se fazer filmes hilariantes. Nesse campo, figuras como Jerry Lewis, que foi rei nos anos anteriores, sofreu um pouco para manter seu padrão. Mas ele preferiu continuar fazendo o que sempre fez. Grande diversão!! Recomendado!!


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