OLIVER!
(Oliver!) EUA, 1968 – Direção de Carol Reed – elenco: Mark Lester, Ron Moody,
Shani Wallis, Oliver Reed, Jack Wild, Hugh Griffith, Harry Secombe, Joseph O’Conor,
Peggy Mount, Leonard Rossiter, Kenneth Cranham – 153 minutos
A MAIS
ESPETACULAR REALIZAÇÃO JÁ LEVADA ÀS TELAS!!!
Quando OLIVER! estreou em 01 de
julho de 1960, no New Theatre de Londres, ninguém poderia imaginar o
extraordinário sucesso que faria a adaptação musical de Lionel Bart da obra
“Oliver Twist”, de Charles Dickens. Mas o grande público de todo o mundo teve
de esperar até 1968 para ver nas telas a adaptação, e uma das cláusulas impunha
a condição de que as filmagens não poderiam começar até 18 meses após o término
da temporada em Londres, um acordo que duraria seis anos. Uma vez que os
direitos para o cinema foram adquiridos pela Romulus Films em 1964, as
preocupações imediatas passaram a ser com a formação do elenco. Com os anos
passando, os jornais de negócios de Hollywood davam como certos os nomes de
atores que fariam os papéis de Fagin (Peter Sellers, Laurence Harvey), Bill
Sikes (Peter O’Toole, Sean Connery, Richard Burton) e Nancy (Elizabeth Taylor).
A lista dos candidatos a diretor também aventava os nomes de Richard Quine,
Bryon Forbes e Lewis Gilbert. Todas as especulações acabaram em janeiro de 1967,
quando a escolha final foi divulgada: Sir Carol Reed seria o diretor de um
elenco que incluía seu sobrinho, Oliver Reed (Sikes), a cantora inglesa Shani
Wallis (Nancy), e o astro da produção original londrina de 1960, Ron Moody,
como Fagin. Mark Lester foi escalado para interpretar o personagem-título, cuja
voz nas canções seria dublada pela filha do diretor musical, Kathy Green. “The
Artful Dodger” seria interpretado por Jack Wild, que aparecia como membro da
gangue de Fagin na peça. O início das filmagens se deu em 23 de junho de 1967,
nos estúdios Shepperton, onde o cenógrafo John Box recriou a Londres de Dickens
em seis estúdios de som. As primeiras cenas incluíam os amigos órfãos de Oliver
cantando “Food, Glorius, Food”, e a canção-título. Estes números foram filmados
com as crianças fora de seus horários de aulas escolares. A produção estava completa
em 12 de janeiro de 1968.
OLIVER! teve sua estréia mundial no
dia 26 de setembro de 1968, em Londres, seguida da estréia nos EUA, no mês de
dezembro seguinte. O filme recebeu seis Oscars da Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood: Melhor Filme, Melhor Diretor (Sir Carol Reed),
Melhor Trilha Musical, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora, além do
Oscar honorário, e foi indicado em outras seis categorias: Melhor Ator (Ron
Moody), Melhor Ator Coadjuvante (Jack Wild), Melhor Fotografia, Melhor
Figurino, Melhor Montagem e Melhor Roteiro Adaptado. O Oscar honorário foi
concedido a Onna White pela excepcional realização da coreografia. Após 49
(quarenta e nove) anos, OLIVER! continua – como disse a revista Hollywood
Repórter em sua reportagem da época – “atemporal, cheio de vida e alegre
divertimento que irá encantar o público pelos anos que virão”. Abrilhantado com
uma trilha sonora comovente, que inclui canções como “Consider Yourself”,
“Where is Love?” e “As Long As He Needs Me”, OLIVER! leva-nos a uma jornada em
busca do amor, família e honra entre ladrões. É o filme que vai roubar o
coração de todos. Já houve inúmeras adaptações para o cinema, que até se perdeu
a conta. Uma das mais recentes foi realizada pelo competente Roman Polanski,
numa versão bem realiada, mas o OLIVER! de Sir Carol
Reed continua sendo a versão mais
espetacular, mais apaixonante e mais bonita de toda a história do cinema. Foi
lançado originalmente aqui em São Paulo em 31 de março de 1969, no luxuoso Cine
Windsor, que hoje já não existe mais.
Vários números musicais
desta versão são clássicos, a começar pelo primeiro, “Food, Glorious Food”,
cantado pelos meninos do orfanato. Os dois melhores números, no entanto, são de
Nancy. O primeiro, “As Long As He Needs Me”, foi regravado por divas como
Shirley Bassey, e nele Nancy lamenta amar Bill, pois ele a maltrata, mas ela
ficará junto dele mesmo assim, “enquanto ele precisar dela”. O outro é
“Oom-pah-pah”, um número aparentemente alegre que no teatro não tem propósito
nenhum, porém no filme foi mudado de posição e ganhou uma força dramática
enorme, pois Nancy encoraja todos na taverna a cantarem e dançarem para que
Fagin e Sikes se distraiam e ela possa fugir com Oliver. Para encerrar, um
número grandioso que mostra como o filme mereceu o Oscar de Direção de Arte
pela recriação perfeita da Londres vitoriana, e também o Oscar especial de coreografia
para Onna White. Este número é “Consider Yourself“, cantado pelo trombadinha
Artful Dodger e com vários transeuntes do mercado, pedindo para que Oliver se
considere parte da família. Certamente, o It’s Showtime, Folks! considera
“Oliver!” parte da família dos musicais inesquecíveis. Um filme extraordinário, mágico e
absolutamente arrebatador! Uma obra-prima! Definitivamente, é a melhor versão
já produzida pelo cinema! É o mais
inesquecível e tocante espetáculo já levado às telas. Insuperável e
Espetacular!!!
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