ASSASSIN’S CREED (Assassin’s Creed)
Inglaterra / França / Hong Kong / EUA, 2016 – Direção Justin Kurzel – elenco:
Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons, Brendan Gleeson, Charlotte
Rampling, Michael Kenneth Williams, Callum Turner, Denis Ménochet, Khalid
Abdalla, Ariane Labed – 115 minutos
MICHAEL
FASSBENDER INTENSO, CÍNICO E VIOLENTO
Tive a
oportunidade de ver “Assassin’s Creed” (2016), o tipo de game que nasceu para
chegar aos cinemas. Observo que a Crítica em geral está fazendo muitas críticas
negativas, mas o filme tem seu mérito sim. A iniciativa partiu da Ubisoft e
chegou a Michael Fassbender, astro de Hollywood que,
além de protagonizar, produz o primeiro filme da franquia. Ao lado dele, na
cadeira de diretor, está Justin Kurzel, com quem trabalhou junto no
mais novo “MacBeth” (2015). A parceria
novamente dá certo e consegue finalmente adaptar um game para a telona com
dignidade. Michael Fassbender, intenso, cínico, violento,
carrega literalmente o filme neste papel de cobaia e de assassino. Ele prova
que não existe escolha melhor do que um ator cerebral para tornar apaixonante
uma máquina de matar. O diretor Justin Kurzel, acerta nas empolgantes cenas de
ação e em saber explorar o talento do seu ator protagonista e com isso acaba
por deixar o filme envolvente do começo ao fim.
Mas é
inegável que o exagero no uso de uma fumaça ou talvez neblina em quase todo
filme não deixa as cenas tão claras e impactante como poderia. No entanto,
quando é mostrado o personagem Callum ligado à máquina Animus e podemos vê-lo
em ação no passado é deslumbrante o resultado alcançado com os efeitos visuais. “Assassin’s Creed” acerta como um produto de
ação e entretenimento e também por conseguir de forma digna apresentar a ideia
central do jogo na telona. De todos os conceitos
apresentados pelo filme, existe um que chama muito a atenção, é do Credo dos
Assassinos, que vivem para proteger o livre-arbítrio da Humanidade - o que no
fim das contas torna a aventura envolvente. Apesar do roteiro errar nas
explicações exageradas sobre templários e a Maçã, na hora de apresentar os
assassinos e construir a personalidade deles tudo se encaixa. O diretor elimina
quase todas as falas e deixa a imagem montar o caráter de cada um dos
personagens. Com tomadas aéreas belíssimas, Kurzel monta um ambiente com cara
de sonho, com quadros embaçados e movimentos rápidos. As lutas, que têm um ritmo
lento mas que valorizam os golpes, lembram os games e impressionam pela
brutalidade sem violência - os socos são pesados, as quedas são tensas, mas sem
muito sangue. Uma produção esmerada e no todo bem realizada. Merece ser
conferida!!!
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