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domingo, 23 de outubro de 2016

O SEGREDO DE SANTA VITÓRIA (The Secret of Santa Vittoria) EUA, Itália, 1969 - Direção de Stanley Kramer – elenco: Anthony Quinn, Virna Lisi, Anna Magnani, Giancarlo Giannini, Hardy Krüger, Sergio Franchi, Leopoldo Trieste – 139 minutos


A história do bêbado, tolo e bufão, que se transforma em herói de uma cidade.



Inesquecível filme feito para o estilo que deu a Anthony Quinn a popularidade que ele desfrutou na época e até a sua morte, em 2001. A ação se passa na cidadezinha italiana de Santa Vittoria, cuja maior fonte de renda era o vinho e que, num belo dia de 1945, vê-se ameaçada de invasão e confisco pelas tropas nazistas. O elenco é brilhante, reunindo um grupo da melhor qualidade, na época. Naturalmente Anthony Quinn encarna o geralmente embriagado e bufão comerciante de vinhos, que por interesses puramente pessoais entra na luta contra os SS. Ele é Bombolini, um bêbado, honesto e desprezado, mas boa pessoa. Um dia chega a notícia de que o governo fascista se rendeu; aí, Bombolini sobe numa caixa d’água e chora pela bandeira. Logo, uma multidão cerca o local e grita o nome dele. Com apenas esse gesto a vida de Bombolini vai mudar para sempre. Ele acaba se tornando prefeito da cidade e as coisas não serão mais as mesmas.  Quando descobre que os alemães estão planejando ocupar Santa Vittoria e apoderar-se das milhares de garrafas de vinho, ele precisa achar uma maneira de escondê-las e não deixar que as levem. 


Anna Magnani faz a sua também explosiva esposa, enquanto Virna Lisi é uma bela viúva recém-chegada e que chama a atenção de todos. Giancarlo Giannini, muito jovem, faz o papel de Fábio, o encantador personagem da cidade que sempre trazia as boas e também as más notícias. Temos, ainda, Hardy Kruger, como o comandante alemão, que veio para confiscar os vinhos. Um filme que vive principalmente do pitoresco de sua reconstituição de locais e de época, qualidade que se conciliou com a direção, sempre impecável, de Stanley Kramer. É um grande filme, e também uma obra memorável. Recebeu apenas duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Trilha Sonora Original – Para Filme não Musical e Melhor Edição. Uma produção ambiciosa, pelo menos no sentido de espetáculo e diversão. Uma verdadeira obra-prima! Uma pérola do cinema que merece ser redescoberta! 


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