O SEGREDO DE SANTA VITÓRIA (The Secret of Santa
Vittoria) EUA, Itália, 1969 - Direção de Stanley Kramer – elenco: Anthony
Quinn, Virna Lisi, Anna Magnani, Giancarlo Giannini, Hardy Krüger, Sergio Franchi,
Leopoldo Trieste – 139 minutos
A história do bêbado, tolo e bufão, que se
transforma em herói de uma cidade.
Inesquecível filme feito para o
estilo que deu a Anthony Quinn a popularidade que ele desfrutou na época e até
a sua morte, em 2001. A ação se passa na cidadezinha italiana de Santa Vittoria,
cuja maior fonte de renda era o vinho e que, num belo dia de 1945, vê-se
ameaçada de invasão e confisco pelas tropas nazistas. O elenco é brilhante,
reunindo um grupo da melhor qualidade, na época. Naturalmente Anthony Quinn
encarna o geralmente embriagado e bufão comerciante de vinhos, que por
interesses puramente pessoais entra na luta contra os SS. Ele é Bombolini, um
bêbado, honesto e desprezado, mas boa pessoa. Um dia chega a notícia de que o
governo fascista se rendeu; aí, Bombolini sobe numa caixa d’água e chora pela
bandeira. Logo, uma multidão cerca o local e grita o nome dele. Com apenas esse
gesto a vida de Bombolini vai mudar para sempre. Ele acaba se tornando prefeito
da cidade e as coisas não serão mais as mesmas.
Quando descobre que os alemães estão planejando ocupar Santa Vittoria e
apoderar-se das milhares de garrafas de vinho, ele precisa achar uma maneira de
escondê-las e não deixar que as levem.
Anna Magnani faz a sua também
explosiva esposa, enquanto Virna Lisi é uma bela viúva recém-chegada e que chama
a atenção de todos. Giancarlo Giannini, muito jovem, faz o papel de Fábio, o
encantador personagem da cidade que sempre trazia as boas e também as más
notícias. Temos, ainda, Hardy Kruger, como o comandante alemão, que veio para
confiscar os vinhos. Um filme que vive principalmente do pitoresco de sua
reconstituição de locais e de época, qualidade que se conciliou com a direção,
sempre impecável, de Stanley Kramer. É um grande filme, e também uma obra
memorável. Recebeu apenas duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor
Trilha Sonora Original – Para Filme não Musical e Melhor Edição. Uma produção
ambiciosa, pelo menos no sentido de espetáculo e diversão. Uma verdadeira
obra-prima! Uma pérola do cinema que merece ser redescoberta!
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