DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO (Suddenly, Last Summer)
EUA, 1959 – Direção de Joseph L. Mankiewicz – elenco: Montgomery Clift,
Katherine Hepburn, Elizabeth Taylor, Mercedes McCambridge, Gary Raymond, Albert
Dekker, Mavis Villiers, Patricia Marmont, Joan Young, David Cameron – 114 min
HOMENAGEM - 50 ANOS SEM MONTGOMERY CLIFT
John Cukrowicz
(Montgomery Cliff, ator que dispensa comentários), um conceituado
neurocirurgião interessado em conseguir recursos para o hospital onde trabalha,
conhece Violet Venable (Katherine Hepburn, confirmando porque foi considerada
uma das dez maiores estrelas do cinema mundial), uma rica senhora da
aristocracia que quer mandar fazer uma lobotomia (tirar um pedaço do cérebro)
em Catherine Holly (Elizabeth Taylor, demonstrando a sua genialidade como atriz),
uma sobrinha supostamente acometida de crises de loucura. Na verdade Violet teme que Catherine revele a homossexualidade
de Sebastian, o filho poeta de Violet, que morreu de forma violenta e
misteriosa na Espanha. Há uma versão "oficial" do acidente, mas
Catherine viu o que realmente aconteceu e assim sua tia tenta silenciá-la. É um
dos grandes momentos desse trio de ouro: Liz (Elizabeth) Taylor, Kate
(Katherine) Hepburn e Monty (Montgomery) Clift, atores de primeira grandeza,
com interpretações marcantes. O elenco é notável nesse filme muito curioso e
interessante.
A história (um
devaneio psicótico brilhante), uma adaptação da peça de Tennessee Williams
(escritor notável de vários sucessos como “Gata em Teto de Zinco Quente” e “Um
Bonde Chamado Desejo”), se desenrola em ritmo de suspense crescente e de uma
forma claustrofóbica e tensa, culminando com um final contundente. O cineasta
Joseph L. Manckiewicz, famoso por ter dirigido “A Malvada” (All About Eve –
1950), com Bette Davis (uma das grandes malvadas do cinema, mas que aqui,
ironicamente, é a mocinha) – e também por ter quase destruído a FOX depois do
estrondoso fracasso do esplendoroso
CLÉOPATRA (1963), realizou aqui um filme soberbo, com uma história absurda, mas
aceitável. Por causa da censura da época, todas as referências ao
homossexualismo são apresentadas de forma extremamente velada. Gore Vidal e
Tennessee Williams, roteiristas do filme, acharam por bem fazer assim. Um
absurdo esse tipo de coisa, mas a mentalidade retrógrada da época fazia essas
aberrações. Recebeu três indicações ao Oscar 1960, nas seguintes categorias:
Melhor Atriz (Katharine Hepburn), Melhor Atriz (Elizabeth Taylor) e Melhor
Direção de Arte – Preto e Branco. Montgomery Clift e Elizabeth Taylor ainda
atuaram juntos em outros dois filmes: “Um Lugar ao Sol” (1951) e “A Árvore da
Vida” (1957). Um filme fascinante e envolvente, prendendo muito a atenção até o
seu final!!
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