TORA! TORA! TORA! (Tora! Tora!
Tora!) EUA/Japão, 1970 – Direção de Richard Fleischer, Kinji Fukasaku e Toshio
Masuda – Elenco - Sequência norte-americana: Martin Balsam, Joseph Cotten,
Jason Robards, James Whitmore, E. G. Marshall, Keith Andes, Neville Brand,
Wesley Addy, Frank Aletter, Leon Ames, Richard Anderson, Edward Andrews, George
MaCready, Norman Alden, Rick Cooper, Ron Masak, Jerry Fogel. Sequência
japonesa: Tatsuya Mihashi, Eijirô Tôno, Koreya Senda, Soh Yamamura, Takahiro
Tamura, Shôgo Shimada, Kazuo Kitamura, Asao Uchida – 144 minutos
O MAIS ESPETACULAR FILME DE
GUERRA JÁ REALIZADO!!!!
75 ANOS DO ATAQUE A PEARL HARBOR
(07.Dezembro.1945)
Excelente filme de guerra com um
trabalho narrativo de exatidão exemplar. Relata com impressionante riqueza o
sangrento episódio do ataque a Pearl Harbor feito pelos japoneses aos
norte-americanos, em 07 de dezembro de 1941. Com uma caracterização cuidadosa,
os japoneses são mostrados num registro que oscila entre a bravura e o
patético; enquanto os norte-americanos apresentam um comportamento que vai do
prudente ao negligente. Foi considerado
mundialmente como o mais espetacular filme de guerra já realizado e a mais
ambiciosa superprodução da Fox dos últimos trinta anos, na época. Ficou
conhecido como o filme que causou um grande contratempo na carreira de Akira
Kurosawa. Chamado para dirigir a parte japonesa, ele foi dispensado por Darryl
F. Zanuck depois que o mercantilíssimo produtor ficou “assustado” com os
atrasos e estouros de orçamento. Kurosawa não teve o seu nome incluído nos
créditos do filme, mesmo tendo dirigido algumas partes. Cinco anos depois, em
1970, o projeto reapareceu e se concretizou sob a responsabilidade do impessoal
Richard Fleischer. A ação gira toda sobre o que houve antes e depois do ataque
a Pearl Harbor e da guerra no Pacífico, entre Estados Unidos e Japão.
O filme retrata os acontecimentos, tanto do ponto de vista japonês como
norte-americano, a preparação, os eventos e os erros que possibilitaram essa
gravíssima agressão, em 1941, fato que forçou a entrada dos Estados Unidos da
América na Segunda Guerra Mundial. O título do filme é o código utilizado em
caso de sucesso do ataque japonês, que traduzido para o português significa: "Tigre!
Tigre! Tigre!". Com um tom quase documental, a fita obteve excelentes
críticas com relação à sua fotografia, principalmente em suas cenas de ação,
sendo que algumas passagens foram reutilizadas em outros filmes ambientados na Guerra
do Pacífico. O filme foi realizado por
duas produções separadas, uma nos Estados Unidos, dirigido por Richard
Fleischer, e outra com base no Japão. A trilha sonora magnífica foi composta
pelo renomado Jerry Goldsmith.
A
frase pronunciada no filme pelo almirante Isoroku Yamamoto após o ataque, ""I
fear all we have done is to awaken a sleeping giant and fill him with a
terrible resolve.", que pode ser traduzido livremente para o português
como: "Temo que tudo o que fizemos foi acordar um gigante adormecido e
enchê-lo com uma terrível determinação", nunca foi realmente creditada
como uma citação fidedigna. Nenhuma fonte pode comprovar que Yamamoto tenha
pronunciado tal frase. É bem provável que tal citação tenha sido criada apenas
para dar um efeito dramático. Tal frase reapareceu no filme PEARL HARBOR
(2001). No entanto, a citação da análise de um ataque aos Estados Unidos: "I
can run wild for six months... after that, I have no expectation of
success." é real, tendo sido
registrada em conversas de gabinete da época. O capitão-de-mar-e-guerra Minoru Genda,
da Marinha Imperial Japonesa e principal planejador tático do ataque a Pearl
Harbor em dezembro de 1941, sobreviveu à guerra e participou da produção do
filme como consultor técnico. Foi indicado a 9 Oscar, mas recebeu apenas o
prêmio de melhores efeitos visuais.
TORA! TORA! TORA! era o grito de
guerra japonês para o ataque. O filme recria meticulosamente toda a história
desse ataque que foi considerado o “dia da infâmia” para os Estados Unidos e os
acontecimentos que o antecederam. As cenas de abertura contrastam as posições norte-americana
e japonesa. Os imperialistas japoneses decidem preparar o ataque e o alto
escalão norte-americano ignora a possibilidade. Mensagens japonesas
interceptadas avisam sobre o ataque iminente, mas nunca chegam à mesa do
Presidente Franklin Delano Roosevelt. Alertas de radar são desconsiderados. Até
mesmo a apreensão antes do ataque de um submarino japonês em Pearl Harbor fica
fora dos relatórios. Por fim, chega o Dia da Infâmia – um espetáculo
dilacerante apresentado neste filme cheio de ação. É a reconstituição mais
espantosa do dia mais negro da América, e de algumas de suas piores horas. O seu grande lançamento aqui em
São Paulo foi em 25 de dezembro de 1970 – Dia de Natal – no extinto Cine
Paulistano, na Av. Brig. Luís Antonio com Av. Paulista.
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