BENJAMIN – O DESPERTAR DE UM JOVEM INOCENTE
(Benjamin – Les Mémoires d’un Puceau) – França, 1968 – Direção de Michel
Deville – elenco: Catherine Deneuve, Pierre Clémenti, Michel Piccoli, Michèle
Morgan, Francine Bergé, Anna Gäel, Catherine Rouvel, Odile Versois, Angelo
Bardi, Sacha Briquet, Jacques Dufilho – 103 minutos
O MÁXIMO EM REQUINTADA SENSUALIDADE!! UMA
OBRA-PRIMA!!
A indústria francesa de cinema já teve presença
mais forte no mundo. Nos anos 1950 e 1960, por exemplo, o Cinema Francês era
muito visto pelo grande público brasileiro. Nomes como Jean Paul Belmondo,
Alain Delon, Jean-Louis Trintignant ou Brigitte Bardot eram superstars da mesma
forma que Matt Damon, Gal Gadot, Meryl Streep, Brad Pitt, Tom Cruise ou Julia
Roberts também são hoje, protagonizando filmes comerciais distribuídos por
grandes companhias ou mesmo grandes estúdios norte-americanos que compravam os
direitos internacionais de obras de François Truffaut ou Louis Malle. Ao longo dos últimos 30 anos, o alcance do cinema
comercial francês diminuiu dramaticamente, muito embora a França ainda marque
presença com filmes de qualidade, mas quase invariavelmente rotulados de
"filmes de arte". Às vezes, o simples fato de um filme ser francês o
coloca dentro dessa nublada definição, hoje, no Brasil. Foi exatamente nessa
remota época da idade de ouro do cinema francês, mais precisamente no Natal de
1969, que foi lançado aqui em São Paulo BENJAMIN, O DESPERTAR DE UM JOVEM
INOCENTE.
Um filme de exuberante beleza e sofisticada caracterização.
Trata-se da história da iniciação amorosa e sexual de um jovem órfão de 17 anos, na França do Século XVIII.
Instruído pelo Conde Saint German (grande atuação de Michel Piccoli) e
“auxiliado” pela inocência de uma mocinha também órfã e pura (brilhante
interpretação da bela Catherine Deneuve), o jovem começa a ter os seus
primeiros momentos de erotismo e desenvolvimento de sua sexualidade. No papel-título está Pierre Clementi, que
conquistou o mundo em A BELA DA TARDE (1967), novamente com Catherine Deneuve.
No elenco tem ainda a grande veterana
Michèle Morgan, numa exuberante performance; Francine Bergé, Anna Gaël,
Catherine Rouvel, entre outros. Essa é uma delicada comédia sentimental, muito
valorizada pelo seu requinte e sofisticação. Michel Deville ocupa um lugar de
destaque no cinema da aclamada Nouvelle Vague. Um
filme esplendidamente realizado, cheio de interpretações notáveis, um roteiro
notavelmente costurado, uma fotografia belíssima e uma direção extraordinária.
É um filme deliciosamente agradável de assistir, cheio de beleza, encantamento
e muito charme. Irresistivelmente belo!!!!!!
Grande destaque para a brilhante
atuação de Catherine Deneuve, uma das mais belas e talentosas atrizes do cinema
europeu. Ela é acima de tudo um dos maiores ícones femininos da arte francesa.
Nascida em 1943 e batizada como Catherine Dorléac, estreou nas telas ainda
adolescente, no filme “Les
Collegiennes”, de 1956. Sua irmã mais velha, a então popular atriz
Françoise Dorléac, abriu-lhe o caminho do estrelato, mas morreu num acidente de
carro em 1967. Nos anos 1960, Catherine Deneuve alcançou a fama em filmes bem
distintos de três cineastas de prestígio: o musical OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR (Les Parapluies de
Cherbourg, de Jacques Demy, 1964); o thriller psicológico REPULSA AO SEXO (Repulsion,
de Roman Polanski, 1965) e o drama surrealista A BELA DA TARDE (Belle de Jour, 1967, de Luis
Buñuel). Em 1968, ela estrela BENJAMIN – O DESPERTAR DE UM JOVEM INOCENTE, que
marcou toda uma geração. Este está entre os filmes mais belos do cinema
francês. Merece ser redescoberto!!!!!
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