REI
ARTHUR (King Arthur) EUA / Inglaterra / Irlanda, 2004 – Direção Antoine Fuqua –
elenco: Clive Owen, Ioan Gruffudd, Keira Knightley, Hugh Dancy, Mads Mikkelsen,
Joel Edgerton, Ray Winstone, Ray Stevenson, Stephen Dillane, Stellan Skarsgard,
Til Schweiger, Lorenzo De Angelis, Shane Murray-Corcoran, Dawn Bradfield, Elliot
Henderson-Boyle, Sean Gilder, Pat Kinevane, Ivano Marescotti – 126 minutos
A VERDADEIRA
HISTÓRIA POR TRÁS DA LENDA
Nas diferentes versões cinematográficas da
lenda do rei Arthur, embora amplamente diferentes em sua abordagem, a grande
maioria seguiu os elementos básicos da lenda. Este “Rei Arthur”, por sua vez, dirigido
por Antoine Fuqua, distancia-se do mito e busca nos entregar
uma história com um pé mais firmado na realidade, saindo da era medieval,
partindo para o período de ocupação romana da Grã Bretanha e colocando Arthur
como o filho de um oficial de Roma encarregado de um grupo de soldados
estrangeiros que lutam pelo império, ao invés da clássica figura do camponês
que retirara Excalibur da pedra.
O filme possui uma bela fotografia, muito semelhante à do filme
anterior do diretor, “Lágrimas
do Sol” (2003), embora tenha sido fotografado por
outra pessoa, Slawomir Idziak, o responsável por filmes como “Falcão Negro em Perigo” (2001).
Os tons escurecidos enfatizam a ambientação muito bem realizada da Idade Média.
A direção de Antoine Fuqua também é bastante caprichada (e o diretor já provou
poder ser de primeira linha com o ótimo “Dia de Treinamento”), com ângulos de câmera
bacanas e bastante agilidade para demonstrar as batalhas. Falando em batalhas,
o filme tem uma cena em particular que é belíssima, e não é a principal. O
ataque sobre o gelo é um belo exemplo de cena que funciona por causa de sua
tensão. É um momento em que vale a pena torcer pelos heróis do filme. Uma cena espetacular.
Em relação à lenda, o filme criou bastante controvérsia ao
divulgar que apresentaria um Rei Arthur mais real, a partir de fatos
descobertos recentemente. Não se sabe se realmente o que foi divulgado é válido
ou não, mas é um ponto positivo do filme, e isso fica bem caracterizado. Não se
pode dizer que aqui temos uma obra-prima, mas com certeza pode-se dizer que é
um filme sobre lealdade, traição e coragem. Vale o ingresso!!
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