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sábado, 30 de dezembro de 2017

REI ARTHUR (King Arthur) EUA / Inglaterra / Irlanda, 2004 – Direção Antoine Fuqua – elenco: Clive Owen, Ioan Gruffudd, Keira Knightley, Hugh Dancy, Mads Mikkelsen, Joel Edgerton, Ray Winstone, Ray Stevenson, Stephen Dillane, Stellan Skarsgard, Til Schweiger, Lorenzo De Angelis, Shane Murray-Corcoran, Dawn Bradfield, Elliot Henderson-Boyle, Sean Gilder, Pat Kinevane, Ivano Marescotti – 126 minutos 

                             A VERDADEIRA HISTÓRIA POR TRÁS DA LENDA 


Nas diferentes versões cinematográficas da lenda do rei Arthur, embora amplamente diferentes em sua abordagem, a grande maioria seguiu os elementos básicos da lenda. Este “Rei Arthur”, por sua vez, dirigido por Antoine Fuqua, distancia-se do mito e busca nos entregar uma história com um pé mais firmado na realidade, saindo da era medieval, partindo para o período de ocupação romana da Grã Bretanha e colocando Arthur como o filho de um oficial de Roma encarregado de um grupo de soldados estrangeiros que lutam pelo império, ao invés da clássica figura do camponês que retirara Excalibur da pedra. 


O filme possui uma bela fotografia, muito semelhante à do filme anterior do diretor, “Lágrimas do Sol” (2003), embora tenha sido fotografado por outra pessoa, Slawomir Idziak, o responsável por filmes como “Falcão Negro em Perigo” (2001). Os tons escurecidos enfatizam a ambientação muito bem realizada da Idade Média. A direção de Antoine Fuqua também é bastante caprichada (e o diretor já provou poder ser de primeira linha com o ótimo “Dia de Treinamento”), com ângulos de câmera bacanas e bastante agilidade para demonstrar as batalhas. Falando em batalhas, o filme tem uma cena em particular que é belíssima, e não é a principal. O ataque sobre o gelo é um belo exemplo de cena que funciona por causa de sua tensão. É um momento em que vale a pena torcer pelos heróis do filme. Uma cena espetacular.


Em relação à lenda, o filme criou bastante controvérsia ao divulgar que apresentaria um Rei Arthur mais real, a partir de fatos descobertos recentemente. Não se sabe se realmente o que foi divulgado é válido ou não, mas é um ponto positivo do filme, e isso fica bem caracterizado. Não se pode dizer que aqui temos uma obra-prima, mas com certeza pode-se dizer que é um filme sobre lealdade, traição e coragem. Vale o ingresso!! 


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