COM AMOR, VAN GOGH (Loving Vincent)
Inglaterra / Polônia, 2017 – Direção Dorota Kobiela e Hugh Welchman – elenco:
Douglas Booth, Jeremy Flynn, Robert Gulaczyk, Saoirse Ronan, John Sessions,
Josh Burdett, Aidan Turner, Robin Hodges, Holly Earl, Chris O’Dowd, Piotr
Pamula, Cezary Lukaszewicz, - Animação – 94 min
UM AUTÊNTICO TRABALHO
INCRIVELMENTE REALIZADO!!
Poucos filmes
representam uma declaração de amor tão intensa a um artista quanto esta
animação arrebatadora. A começar pela forma como foi conceituado: estreando a
técnica da animação a partir de pinturas a óleo, seguindo o mesmo estilo do
próprio homenageado. Ou seja, mais do que contar sua história era necessário
apresentá-la sob seu ponto de vista tão particular, que fez com que o pintor se
tornasse cultuado após sua morte. O resultado, visualmente falando, é
deslumbrante.
Uma fascinante
viagem pelo universo do mestre pós-impressionista que não se esgota em si
mesmo, ou seja, a técnica é o meio para contar uma história e transmitir algo
que vai além da experiência sensorial. (Marcelo Janot -Jornal O Globo)
O que mais impressiona na cinebiografia animada
não é a colcha de retalhos da história, e sim a técnica empregada. Pintado a
mão por mais de cem artistas, o filme é um deleite aos olhos do espectador.
(Papo de Cinema – Matheus Bonez)
O trabalho minucioso feito
por Kobiela e Welchman para transformar algumas telas mais apreciadas do artista
em cenas animadas é impressionante de se ver. Para
quem não sabe do que se trata, a proposta do filme — que na verdade é uma
animação — foi visualmente tratá-lo como se tivesse sido pintado pelo próprio
Van Gogh, imitando seu estilo inconfundível, suas cores, suas pinceladas. Para
realizar com maestria essa empreitada participaram de sua realização nada mais
que 125 pintores, que reproduziram em óleo sobre tela cada frame, cada
fotograma anteriormente filmado. Para cinéfilos veteranos, talvez isso não
pareça especialmente original e lembre um pouco o recurso utilizado em O Homem Duplo (A Scanny Darkly). Mas há diferenças
nas técnicas empregadas e no caso de Com Amor, Van Gogh se
sobressai o impacto visual causado pela técnica inconfundível do pintor
holandês. Além disso, em diversas sequências da animação é possível reconhecer
a reprodução de muitos de seus mais famosos quadros, que são incorporados
dentro da narrativa. Ao final do filme, para aqueles que não saem
apressadamente do cinema. Os créditos finais reservam ainda uma interessante
particularidade sobre a produção do filme, que não se deve perder.
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