A LONGA CAMINHADA DE BILLY LYNN (Billy Lynn’s
Long Halftime Walk) Inglaterra / China / EUA, 2016 – Direção Ang Lee – elenco:
Joe Alwyn, Kristen Stewart, Garrett Hedlund, Chris Tucker, Vin Diesel, Steve
Martin, Arturo Castro, Mason Lee, Barney Harris, Beau Knapp, Ben Platt – 113 minutos
ELE
SE TORNOU UM HERÓI,
MAS ISSO NÃO IMPEDIU QUE VOLTASSE À GUERRA
Ang Lee, cineasta de filmes extraordinários
como O BANQUETE DE CASAMENTO (1993); RAZÃO E SENSIBILIDADE (1995); O TIGRE E O
DRAGÃO (2000); O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (2005), traz sua extraordinária versão do
aclamado romance best-seller, “A Longa Caminhada de Billy Lynn”.
A história do filme é contada através do ponto de vista do soldado de 19 anos,
Billy Lynn (interpretado pelo novato Joe Alwyn)
que, junto com seus colegas do esquadrão Bravo, se torna um herói após uma
angustiante batalha no Iraque e é trazido de volta ao lar para uma turnê de
vitória. Através de flashbacks, que culminam no espetacular show de intervalo
do jogo de futebol americano do feriado de Ação de Graças, o filme conta o que aconteceu realmente ao esquadrão; fazendo
um contraste entre a realidade da guerra e a percepção americana sobre ela. O
elenco do filme conta com Kristen Stewart, Chris Tucker e Garret Hedlund, e também com Vin
Diesel e Steve Martin. O diretor usou uma nova
tecnologia nessa produção, filmando com um número de frames extremamente alto
pela primeira vez na história do cinema, para criar uma experiência digital
imersiva que o ajudou a dramatizar uma situação de guerra como nunca antes
visto.
Além de
belas imagens, que contrastam os horrores da guerra com uma celebração repleta
de fogos de artifício, os vídeos destacam o elenco incomum da produção falando
da experiência das filmagens, que usa o que há de mais avançado em tecnologia
de captação de imagens digitais. Ang Lee usou tecnologia 3D de ponta para
fotografar em altíssima definição, criando uma experiência descrita como
“imersiva” e que os vídeos da internet não são capazes de transmitir. As
críticas publicadas nos EUA celebraram a revolução visual, mas não foram muito
elogiosas para o roteiro de Simon Beaufoy (“Quem Quer Ser um Milionário”). Tematicamente maduro e
tecnicamente seguro, o filme é um discurso/crítica, sútil e preciso, direcionado a
uma nação que glamouriza a Guerra e
faz desta uma bandeira/venda para mascarar as implicações morais dessa Política
disfarçada de "serviço a liberdade".
Nenhum comentário:
Postar um comentário