EU,
TONYA (I, Tonya) EUA, 2017 – Direção Craig Gillespie – elenco: Margot Robbie,
Sebastian Stan, Allison Janney, Julianne Nicholson, Paul Walter Hauser, Caitlin
Carver, Maizie Smith, McKenna Grace, Cory Chapman – 120 minutos
TRATA-SE DE UMA DENÚNCIA.
MAS CONDUZIDA DE FORMA TÃO DISTANTE DO LUGAR COMUM.
Tonya Harding dominava a
arte da patinação no gelo. Entretanto, acabou figurando com maior destaque nas
manchetes por algo totalmente diferente. De forma absurda, trágica e hilária,
esta mulher se tornou o centro do maior escândalo na história do esporte nos
Estados Unidos.
UMA COMÉDIA TRÁGICA, OU UMA
TRAGÉDIA CÔMICA
Cabe destacar
o ótimo desempenho de Margot Robbie, jovem
atriz australiana, de 27 anos, que com apenas dois trabalhos - “O Lobo de Wall Street e Esquadrão Suicida” – foi capaz de tomar Hollywood de
assalto. “Eu, Tonya” guarda
sua melhor atuação até o momento, abrindo espaço para a atriz mostrar tudo
o que sabe, num show só seu, onde todos os outros estão atrás (outro fato
inédito em sua carreira). A atriz é posta à prova, num xeque-mate decisório e
que felizmente guarda ponto para a atriz. Ela mostra que é um talento, deixando
a promessa no passado.
O OLHAR
VOLTADO PARA A AMÉRICA QUE POUCOS QUEREM VER
O filme foca
na infância atabalhoada da patinadora, seu complexo e quase indecifrável
relacionamento com uma mãe opressora, sua paixão pelos treinos de patins (sua
única atividade), seu casamento abusivo e o preconceito da associação e juízes
de patinação no gelo em relação à mulher interiorana e nada elitizada. Algo que
coloca essa personagem em destaque pela diferenciação em relação ao
comportamento de vida de outras atletas. A
beleza que conduz o filme está
justamente em não colocar sua protagonista num pedestal, mas em tratá-la como
um elemento narrativo.
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