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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

13º Lugar - O RESGATE DO SOLDADO RYAN (Saving Private Ryan) EUA, 1998



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

13º Lugar - O RESGATE DO SOLDADO RYAN (Saving Private Ryan) EUA, 1998 – Direção de Steven Spielberg – elenco: Tom Hanks, Matt Damon, Tom Sizemore, Edward Burns, Barry Pepper, Vin Diesel, Adam Goldberg, Giovanni Ribisi, Ted Danson, Paul Giamatti, Jeremy Davies, Dennis Farina – 168 minutos.

Depois de A LISTA DE SCHINDLER (1993) esse foi o primeiro grande filme de Steven Spielberg. Um retrato duro e violento da Segunda Guerra Mundial, traduzido na angústia de um pelotão comandado por Tom Hanks. A invasão da Normandia, mostrada nos primeiros 29 minutos do filme, não poupa a platéia: As lanchas de desembarque avançam com fúria em direção à praia, enquanto os soldados a bordo vomitam de medo e rezam baixinho pela sua sorte. Antes mesmo de pisarem na areia, o som seco de uma saraivada de metralhadora criva corpos e cabeças. Assim, o espectador testemunha com inigualável veracidade o horror da carnificina que foi o desembarque dos aliados em Omaha Beach, nome código de um trecho de praia da Normandia, na França, em 6 de junho de 1944, o chamado Dia D. Rompendo com meio século de glamourização dos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, as cenas de batalha evitam o suspense e o sensacionalismo convencionais. Elas chocam, sim, mas pelo realismo. Parecem ter saído da câmera de mão carregada por um cinegrafista que corre agachado, tropeça, cai e volta a se levantar, como se fosse um soldado sofrendo durante o ataque. A água manchada de sangue respinga nas lentes. Explosões arrancam braços e pernas dos pracinhas que gritam de dor e imploram por ajuda. Entre os combates, o horror é sentido na visão dos intestinos do soldado com a barriga aberta. Os corpos ficam estirados na areia molhada ao lado de peixes mortos pelas explosões no mar. Pode não parecer, mas este é um filme de Steven Spielberg, que já deleitou platéias de todo o mundo com temas diversos como E.T. – O EXTRATERRESTRE, a Trilogia de INDIANA JONES, clássicos como TUBARÃO (1975) etc. Agora, ele procura fazer um discurso humanista usando com talento a violência sem banalização. O RESGATE DO SOLDADO RYAN faz justiça à posição de gênio da sétima arte alcançada pelo diretor americano, eleito pela revista “Time” como o mais influente cineasta do século. A longa sequência inicial já é considerada pelos especialistas como a mais impressionante jamais filmada. Apresentada a um grupo de veteranos que participou do histórico desembarque, provocou lágrimas e aplausos pelo rigor da reconstituição. "Eu quero que o espectador veja o que os soldados viram, sinta o que eles sentiram, nem mais nem menos", disse Spielberg, no lançamento do filme nos Estados Unidos, em 1998.



Para dar aos seus atores a aparência de soldados exauridos física e emocionalmente pela guerra, Spielgberg os obrigou a cumprir dez dias de um pesado treinamento militar. O diretor explicou que preferiu mostrar os combates como eles foram, e não como Hollywood desejava que eles fossem. O RESGATE DO SOLDADO RYAN é uma “tour de force” consagratória de um cineasta magistral trabalhando no topo de sua forma e em controle absoluto de sua arte e de seu ofício. Spielberg bombardeia a platéia com os horrores da guerra de uma forma que nenhum outro filme fez, jamais desviando o olhar da violência esmagadora do combate, mas também examinando sem demagogia ou patriotada as cicatrizes morais e espirituais e os dilemas nascidos nos campos de batalha. O fio condutor é a busca pelo soldado Ryan (brilhante atuação de Matt Damon), o único de quatro irmãos a ainda estar vivo na guerra. O exército quer salvá-lo, mas não para poupar sua mãe de mais sofrimento, e sim porque seria uma excelente jogada de relações públicas. Na busca do desaparecido parte um relutante pelotão comandado pelo misterioso Capitão Miller (Tom Hanks, em impecável atuação) – relutante porque nenhum dos soldados enxerga real importância na missão, e todos questionam a sanidade de arriscar-se a vida de oito homens em nome do resgate de um. Miller e seus soldados não são apresentados durante a invasão da Normandia, retratada nos primeiros 25 minutos do filme – uma batalha que dá o tom da guerra e do filme, em um espetáculo de violência que leva a platéia para o coração da guerra de modo antes nunca mostrado em uma produção hollywoodiana. O filme possuía todos os predicados para ser o grande vencedor na noite do Oscar, mas a Academia cometeu uma das mais graves injustiças da história da premiação: premiou SHAKESPEARE APAIXONADO (1998), infinitamente inferior, aliás nem merecia ser indicado. O filme possui um elenco soberbo: Tom Hanks é o capitão John Miller; Matt Damon é o soldado Ryan; Tom Sizemore é o sargento Horvath; Edward Burns é o soldado Reiben; Barry Pepper é o soldado Jackson; Vin Diesel é o soldado Caparzo; Adam Goldberg é o soldado Mellish; Giovanni Ribisi é o Oficial médico Wade; Jeremy Davies é o cabo Upham, entre outros. Indicado a 11 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator (Tom Hanks), Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem, Melhor roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, ganhou somente em cinco categorias: Melhor Diretor (Steven Spielberg), Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Som e Melhor Montagem.



A última meia hora do filme, assim como a primeira, é um desenrolar de cenas numa batalha crua e realista, desta vez entre os escombros de uma vila francesa. Mas antes de chegar a ela, o cineasta brinda o público com algumas passagens inesquecíveis: uma pausa tranquila ao som de Edith Piaf tocando numa velha vitrola, a manipulação absurda de um punhado de placas de identificação de soldados mortos, o olhar aterrador de um alemão frações de segundo antes de receber um coquetel Molotov na cabeça ou a agonia do pracinha que vê o punhal penetrar lentamente em seu peito na luta corporal com o inimigo. São cenas que no conjunto procuram deixar no público a impressão de que a vida de cada um desses soldados é tão valiosa quanto os valores do mundo livre que eles foram defender. Spielberg, que mais do que qualquer outro cineasta mostrou com A LISTA DE SCHINDLER a necessidade da guerra para combater os horrores do nazismo, pediu aos espectadores que examinassem essa mesma necessidade sob um ângulo diferente. Com olhos de indivíduo comum e não com a visão fantasiosa que ele próprio, Steven Spielberg, ajudou a alimentar na indústria do cinema. Imperdível!!!! É um dos maiores filmes de guerra de toda a história do cinema! Um espetáculo poderoso, forte e sem precedentes. É o espetáculo dos espetáculos! Um dos mais belos de todos os tempos! Obrigatório!!!!


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