quinta-feira, 8 de setembro de 2011
93º Lugar - OS SETE SAMURAIS (Schicinin No Samurai) Japão, 1954
OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!
93º Lugar - OS SETE SAMURAIS (Schicinin No Samurai) Japão 1954 – Direção Akira Kurosawa – Elenco: Toshiro Mifune, Takashi Shimura, Yoshio Kosugi, Kamatari Fujiwara, Yukiko Shimazaki, Keiko Tsushima, Isao Kimura, Daisuke Katô, Minoru Chiaki, Seiji Miyaguchi, Yoshio Inaba, Bokuzen Hidari - 206 minutos.
A influência do cinema ocidental em Kurosawa foi enorme, assim como é enorme a influência de Kurosawa no cinema ocidental. Dizer, porém, com veneno nos lábios, que “Kurosawa é o mais ocidental dos diretores japoneses” é ignorar a freqüência com que ele retratou os costumes e tradições do Japão, além de seus problemas, histórias, e afins. Kurosawa de maneira alguma deixou suas raízes pra trás, mas simplesmente reuniu uma gama maior de influências, juntando Shakespeare, Dostoievski e os westerns à sua bagagem cultural nipônica.
Em OS SETE SAMURAIS, provavelmente seu filme mais famoso, Kurosawa reuniu elementos que vez ou outra ecoam influências ocidentais, mas no geral o filme é uma grande obra puramente japonesa, e nada mais, que retrata costumes, valores e dilemas da sociedade japonesa do final do século 16, mais especificamente de suas figuras mais emblemáticas: os samurais.
Rodado entre 1952 e 1953, era o filme favorito do cineasta. Um grande sucesso internacional, tornando famoso o gênero “filme de samurai”. Em 1960, foi refilmado pelos EUA como SETE HOMENS E UM DESTINO. Verdadeiro clássico do cinema mundial, é um marco na carreira do diretor. Narra a história de um veterano e decadente samurai que é contratado, juntamente com mais seis, por um pequeno vilarejo para lhes defender de um bando de 40 criminosos. Kurosawa desenvolve as personalidades e motivações dos personagens para além do instinto de sobrevivência. Não é só por comida que eles lutam. Eles lutam pelo dever, pela honra, por compaixão. Lutam por companheirismo. É a amizade e a admiração que motiva, de modo geral, a união dos sete guerreiros. Destaque para a fotografia esplendorosa e espetacular, cheia de imagens belíssimas; e uma direção de arte extraordinária, além das cenas de batalha primorosas. Considerado por muitos uma obra-prima, é um dos poucos filmes que podemos chamar de perfeito.
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