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domingo, 4 de setembro de 2011

97º Lugar - MEU TIO (Mon Oncle) França 1958



OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!

97º Lugar - MEU TIO (Mon Oncle) França, 1958 – Direção Jacques Tati – elenco: Jacques Tati, Jean-Pierre Zola, Adrienne Servantie, Lucien Frégis, Betty Schneider, Jean-François Martial, Dominique Marie – 110 minutos.

Uma comédia maravilhosa que mostra, mais uma vez, a genialidade de Jacques Tati. Nele, com um humor refinado, o cineasta satiriza a modernidade já vigente na Paris dos anos 1950, procurando mostrar a felicidade das pessoas mais simples que moram nos bairros pobres da periferia, ao contrário da pressa e do vazio daquelas mais abastadas que vivem num mundo automatizado.



De um lado, o mundo perfeito de Gérard e dos pais, repleto de tecnologias de ponta, a fonte pisciforme, a obsessão pelas limpezas, a disposição dos móveis e das divisões da casa que tem olhos (onde tudo comunica), o caminho pré-definido dentro e fora de casa, com setas que o apontam e que nos obrigam a segui-lo, impreterivelmente. Do outro, o mundo em permanente ruína mas genuíno, fraterno, onde há música a todo o instante, há gente que vende na rua, um pássaro que só canta com o reflexo do sol, há brinquedos artesanais, há brincadeiras onde as crianças se sujam e comem porcarias. Esse mundo que, lentamente, começa a ruir e a ser invadido a partir do momento em que Hulot também parte, deixando o bairro em que vivia vazio de vida. É um mundo genuíno que se esvazia a partir desse momento, é esse o mundo que está a desaparecer, em prol do outro, perfeito, onde tudo parece saído de uma fábrica que produz coisas em série.



Entre as melhores seqüências do filme há que se citar os meninos do bairro de Hulot. Escondidos atrás de um muro, eles assobiam para os pedestres que estão passando; querem desviar a atenção dos pobres coitados e fazer com que batam com a cara num poste. Premiado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes e o Prêmio dos Críticos de Nova York. Um filme que procura a humanidade dos seres, até naqueles que aparentemente se encontram inanimados. Obra-prima!! Absolutamente genial!!

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