JOGADOR Nº 1 (Ready
Player One) EUA, 2018 – Direção Steven Spielberg – elenco: Tye Sheridan, Olivia
Cooke, Ben Mendelsohn, Lena Waithe, Mark Rylance, T. J. Miller, Simon Pegg,
Philip Zhao, Win Morisaki, Hannah John-Kamen, Ralph Ineson, Susan Lynch, Perdita
Weeks – 140 minutos
UMA AVENTURA MUITO ALÉM
DO MUNDO REAL
Como um dos maiores representantes de
Hollywood, Spielberg é quem melhor estabeleceu a tradição do cinema americano,
com “Tubarão” (1975); “E.T. – O Extraterrestre” (1982); “Indiana Jones e os
Caçadores da Arca Perdida” (1981); “Jurassic Park” (1993) “A Lista de
Schindler” (1993) e “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) – fenômenos de
bilheteria que se tornaram grandes clássicos –, e é desse conjunto de filmes
que se aproxima seu novo trabalho, “Jogador Nº 1”.
O filme
constrói uma narrativa de gamificação que se revela muito melhor do que
qualquer adaptação já vista de títulos de videogames. O tal Easter Egg do
enredo é, claramente, um MacGuffin cinematográfico – um objeto que motiva toda
a ação –, mas toda a jornada do protagonista é feita de desafios, missões e
provações que mantêm os espectadores entretidos. A ambientação do universo de
Oasis é também de encher os olhos, com cenários bonitos e ricos em detalhes, com
muitas referências à cultura pop, além de contar com ótimas sequências de ação.
Menção honrosa para uma corrida alucinante de carro pelas ruas de uma Nova York
virtual, logo no início, uma sequência espetacular.
Em um
futuro desordenado, onde a pobreza e a falta de recursos impera, uma realidade
virtual se torna a fuga perfeita para bilhões de pessoas ao redor do Globo. O
Oasis é um verdadeiro universo onde você pode ousar ser quem quiser e fazer o
que bem entender, desde que possa bancar por isso. Wade Watts (Tye Sheridan)
é um adolescente que, assim como o resto dos usuários do sistema, sonha em
ficar “triliardário” com a fortuna deixada pelo criador nerd do jogo, James
Halliday (Mark Rylance), em uma espécie de caça ao tesouro, onde quem encontrar
as três chaves escondidas, automaticamente torna-se o novo dono da empresa que
o suporta. Ao mesmo tempo, a rica e poderosa IOI, com seu ambicioso patrono Sorrento
(Ben Mendelsohn), fazem de tudo para chegar ao prêmio e comandar essa realidade
paralela de uma forma que lhes tragam ainda mais lucro.
O filme faz alusão e homenagem a vários
filmes famosos, como por exemplo “Clube dos Cinco” (1985); “Curtindo a Vida
Adoidado” (1986); “Clube dos Cafajestes” (1978); “Os Embalos de Sábado à Noite
(1977); A Trilogia “De Volta Para o Futuro” (1985, 1989 e 1990); “O Gigante de
Ferro” (1999); “King Kong (2005); “Jurassic Park” (1993); etc. Mas quem ocupa o
maior dos lugares é o diretor Stanley Kubrick, com uma homenagem espetacular ao
clássico “O Iluminado” (1980), com sequências de tirar o fôlego. “Jogador Nº 1”
é um dos grandes filmes do ano e vale o ingresso. Obrigatório!!
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