ALIADOS
(Allied) Inglaterra / EUA, 2016 – Direção Robert Zemeckis – elenco: Brad Pitt,
Marion Cotillard, Jared Harris, Lizzy Caplan, Vincent Ebrahim, Michael McKell,
Xavier De Guillebon, Camille Cottin, Vincent Latorre, August Diehl, Fleur Poad,
Anton Blake, Daniel Betts, Sally Messham – 124 minutos
UM
PASSADO NEBULOSO PÕE A FELICIDADE DE UM CASAL EM JOGO
Não é uma obra de arte, mas “ALIADOS”
merece ser apreciado; é um triunfo do fazer cinematográfico, e, portanto, um
lembrete sobre os prazeres de se assistir às técnicas antigas e à larga
experiência de um diretor. O filme tem muitos méritos, e por isso merece
ser visto. Robert Zemeckis é um dos diretores mais acima da média em atividade,
portanto suas produções merecem sempre a conferida dos cinéfilos. Mesmo para quem não é ligado(a) em moda, as
roupas de Brad Pitt e,
principalmente, de Marion Cotillard saltam
aos olhos – não à toa, o trabalho
da figurinista Joanna Johnston foi
indicado ao Oscar na categoria. E pelas
vestimentas de Marion Cotillard e Brad Pitt, o Oscar acertou em dar a indicação
de melhor figurino.
Mesmo com seu ritmo que às vezes se arrasta em certo
ponto, é um filme que pela habilidade do diretor, pela presença do par central
e por toda sua consciência de ser fruto de um rico artesão fica acima da média.
Ainda que não seja uma obra-prima, o filme é muito maior do que parece. Antes
do anticlímax do final, no entanto, "Aliados" faz um trabalho decente
ao trazer um velho truísmo à vida: tudo é permitido tanto no amor quanto na
guerra. As grandiosidades da construção de universo com todos os seus
detalhes criam um realismo digno que excluem muitos dos problemas estruturais
de roteiro. Na verdade, mesmo com uma direção de piloto automático, o diretor
ainda consegue se sair melhor do que muitos outros em seu melhor dia.
Com um desfecho marcante e surpreendente, que não
poupa o espectador, vale o ingresso.
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