domingo, 14 de agosto de 2011
A ÁRVORE DA VIDA (The Tree of Life) 2011
A ÁRVORE DA VIDA (The Tree of Life) EUA, 2011 – Direção Terrence Malick – elenco: Brad Pitt, Sean Penn, Hunter McCracken, Jessica Chastain, Laramie Eppler, Tye Sheridan – 139 minutos.
O quinto longa-metragem de Terrence Malick (o cineasta do belíssimo ALÉM DA LINHA VERMELHA), toma como ponto de partida a busca de respostas a uma questão: qual é o significado da existência humana? Uma única pergunta resulta num filme que provoca as mais sérias inquietações sobre o "simples" fato de estarmos vivos. Neste grande filme não faltam imagens impactantes. O fluxo cíclico da vida, os fins e os recomeços, as pequenas mortes de insignificâncias diárias estão todas lá, na câmera. Mestre, o cineasta coloca nela, a câmera, a volúpia de seu principal questionamento.
Em sua interrogação cósmica sobre a origem do universo e o sentido da vida humana, A ÁRVORE DA VIDA, vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 2011, nunca esconde suas altas ambições. Não há nada de se estranhar, recordando-se que o diretor Terrence Malick é formado em Filosofia pela Harvard e lecionou essa matéria no não menos prestigiado MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachussets.
É um tipo de pensamento filosófico, portanto, que guia este roteiro, assinado como sempre por Malick, que situa em seu centro o personagem Jack (interpretado na maturidade por Sean Penn e na adolescência pelo excelente Hunter McCracken). A narrativa, em boa parte, é uma viagem às memórias de Jack, que visitam particularmente a infância passada em Waco, Texas. Nessa infância, os protagonistas são a mãe (Jessica Chastain), o pai (Brad Pitt) e os irmãos menores, um dos quais morreu adolescente.
Essa morte do irmão assombra Jack e é um dos motores a levá-lo a uma indagação maior sobre o sentido do mundo e a existência de Deus, pois é certamente num mundo impregnado de cristianismo que ele cresceu. Mas, dentro de seu coração, lutam os dois caminhos que o filme aponta desde o começo como as margens do curso da vida: o caminho da graça (encarnado pela mãe) e o da natureza (simbolizado pelo pai).
Este microcosmo representado por esta família, que é um protótipo da América dos anos 50, mas não só - pode ser vista como um modelo de família de qualquer parte do mundo ocidental - é inserido no macrocosmo do mundo natural. Assim, as imagens de A ÁRVORE DA VIDA levam não só Jack como todos os espectadores a visualizarem uma viagem no tempo, à origem da vida no planeta, com direito à passagem dos dinossauros (que são os melhores e mais vívidos que o cinema já mostrou, superando com muitas vantagens os de "O Parque dos Dinossauros" de Steven Spielberg).
É um filme belíssimo, intenso e raro, pelo arco que se dispõe a atravessar, pelas camadas de sentido que suas imagens quase hipnóticas conseguem desdobrar a cada visão - ao mesmo tempo que cria personagens de uma densidade impressionante, capaz de torná-los simbólicos e transcendentes, universais ao menos no hemisfério ocidental. ATENÇÃO: NÃO É UM FILME RELIGIOSO!! É apenas a nova obra-prima de um talentoso cineasta que prima pela competência e pela extraordinária arte de realizar um cinema de primeira grandeza. UM DOS MAIS BELOS FILMES DO ANO!! ABSOLUTAMENTE OBRIGATÓRIO!!
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