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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A TERRA TREME (La Terra Trema: Episodio Del Mare) Itália, 1948 – Direção Luchino Visconti – elenco: Pescadores e moradores de Aci Trezza (Antonio Arcidiacono – Ntoni; Giuseppe Arcidiacono – Cola; Nicola Castorino – Nicola; Rosa Costanzo – Nedda; Salvatore Vicari – Alfio), Luchino Visconti (Narrador), Antonio Pietrangeli (Narrador), Amilcare Pettinelli (Narrador)  – 160 minutos

                       A OBRA-PRIMA DE VISCONTI QUE É UM ATO DE AMOR 


O filme de Luchino Visconti, “A Terra Treme”, de 1948, expõe com o vigor do cinema neorrealista, aspectos da proletariedade de trabalhadores do mar, pescadores da cidade de Acitrezza, litoral da Sicília (Itália), que em fins da década de 1940 era uma das regiões mais pobres do País (coube ao povo de Acitrezza a interpretação dos personagens de “La Terra Trema”). Revoltado com a exploração dos comerciantes de peixe, o jovem ‘Ntoni tenta convencer seus colegas pescadores a trabalhar por conta própria. Luchino Visconti trata em “A Terra Treme”, de um anseio contingente do proletário que vê como saída para sua condição alienada, tornar-se pequeno proprietário. O anseio pela emancipação do trabalho alienado ocorre por meio da saída individual (ou familiar) de ‘Ntoni que almeja tornar-se proprietário de seus meios de produção. O anseio de ‘Ntoni é o anseio contingente (e limitado) de parcela de trabalhadores proletários. Entretanto, ao fracassar em seu intento, ‘Ntoni demonstrará que não apenas o mar é amargo, mas o mercado é cruel. Ele não perdoa aqueles que ousam enfrentar os elementos da ordem estrutural do capital. Os Valastros são amaldiçoados pelo “destino”, porque ousaram pensar de forma diferente e enfrentar, sozinhos, o mundo da injustiça social e da dominação do capital. (Giovanni Alves – Canal6 Livraria)


O filme foi premiado no Festival de Veneza, mas a ovação não foi suficiente para a recepção de boa parte da crítica na época, campo discursivo que considerou a produção rudimentar, com aspecto austero e fora dos aspectos formais. Nada como o tempo para provar o contrário. Uma obra-prima de beleza ímpar!! Um dos filmes mais importantes da década de 1940!! De grande sensibilidade, é um baluarte do cinema italiano.




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