ALFA (Alpha) EUA, 2018 – Direção Albert Hughes – elenco: Kodi Smit-McPhee, Jóhannes Haukur Jóhannesson, Marcin Kowalczyk, Jens Hultén, Natassia Malthe, Spencer Bogaert, Mercedes de La Zerda, Morgan Freeman (Narrador) – 90 min.

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ALFA é uma aventura pré-histórica mas que mira em temas atemporais como laços de amizade e de família, honra e fidelidade canina. Seu protagonista é Keda (Kodi Smit-McPhee), adolescente, filho do líder de uma tribo, Tau (Jóhannes Haukur Jóhannesson), que é dado como morto durante uma caçada de bisões. O rapaz, ao contrário de seus pares, não tem coragem de matar animais e isso parece ter custado sua vida. Seu pai é obrigado a abandonar o rapaz, que caiu num penhasco e se acredita estar morto. Mas Keda sobreviveu à queda.

O filme tem um visual arrebatador, cada take são como obras-primas em movimento com iluminação e enquadramentos precisos. Outro interessante destaque é que apesar de ser claramente um filme de família, a violência natural da época retratada tem espaço na narrativa, ainda que de forma tímida. O diretor declarou que optou por um elenco de rostos desconhecidos porque queria que o público se conectasse totalmente com sua história, de fato foi uma boa escolha. A pouca exigência interpretativa do elenco, acabou facilitando uma entrega relativamente boa de todos, principalmente o protagonista Kodi Smit-McPhee que teve o maior tempo em cena.

É uma espécie de filme de família, embora exiba menos sentimentalismo em relação ao melhor amigo do homem do que as pessoas possam esperar. Apesar de lento em sua narrativa a técnica é moderna. É envolvente o suficiente, mesmo para aqueles que não têm pontos fracos com animais de estimação. "Alfa" é cativante sem ser muito surpreendente, sempre dá para imaginar, mais ou menos, para onde o filme está indo. No entanto, é bom o suficiente para se conectar com uma plateia que busca um filme bonito e feito com uma nova elegância.