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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

INDEPENDÊNCIA OU MORTE – Brasil, 1972 – Direção Carlos Coimbra – elenco: Tarcísio Meira (D. Pedro I), Glória Menezes (Marquesa de Santos), Kate Hansen (Dona Leopoldina), Emiliano Queiróz (Chalaça), Manoel da Nóbrega (Dom João VI), Dionísio Azevedo (José Bonifácio), Heloísa Helena (Carlota Joaquina), Renato Restier (Barão de Mareschall), Anselmo Duarte (Gonçalves Ledo), Maria Cláudia (Amélia), Rubens Ewald Filho, Vanja Orico, Francisco Di Franco, José Lewgoy, Carlos Imperial, Flora Geny, Edson França, Sérgio Hingst, Milton Vilar, Rodolfo Arena, Clóvis Bornay, Lola Brah, Monique Lafond, Labanca, Abílio Pereira Almeida, Antonio Patiño, Carlos Miranda, Macedo Neto, Jairo Arco e Flexa, Waldir Fiori, Manoel Vieira, Victor Merinow, Roberto Ferreira, Tarcísio Meira Jr e muitos outros – 108 minutos

                             O GRITO QUE CONTINUA BRADANDO


Com um elenco espetacular, encabeçado por Tarcísio Meira e Glória Menezes e tendo como ponto de partida o dia da abdicação de D. Pedro I, é traçado um perfil do monarca, desde quando ainda menino veio da Europa, quando sua família fugia das tropas napoleônicas e sua ascensão a Príncipe Regente, quando D. João VI retornou para Portugal. Em pouco tempo a situação política torna-se insustentável e o regente proclama a independência, mas seu envolvimento extraconjugal com a futura Marquesa de Santos provoca oposição em diversos setores e José Bonifácio de Andrada e Silva pede demissão do Ministério, mas este não seria o único caso que ministros e nobres entrariam em choque com o imperador por causa da marquesa, que permanentemente influenciava as decisões do soberano, mas tudo isto causava um inevitável desgaste político.


Uma realização primorosa, com reconstituição de época impecável, tornando-se um dos grandes lançamentos no ano, na época, e arrecadando uma das maiores bilheterias da década. Foi feito de encomenda, para as comemorações do sesquicentenário (150 anos) da Independência do Brasil, em 1972. Foi um sucesso estrondoso, tornando-se um dos filmes brasileiros mais assistidos naquela geração. Um elenco grandioso, reunindo o que tinha de melhor naquele ano. Tarcísio Meira está esplêndido e Glória Menezes, impecável. Sem falar nas performances magníficas de Kate Hansen, Maria Cláudia, Anselmo Duarte, Dionísio Azevedo, Vanja Orico, entre outros.  Merece ser conferido e descoberto pelas novas gerações e revisitado pelos cinéfilos mais antigos. 


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