quinta-feira, 30 de junho de 2011
A MORTE E VIDA DE CHARLIE (Charlie St. Cloud)
A MORTE E VIDA DE CHARLIE (Charlie St. Cloud) EUA, 2010 – Direção Burr Steers – elenco: Zac Efron, Amanda Crew, Charlie Tahan, Augustus Prew, Kim Basinger, Ray Liotta, Donal Logue, Dave Franco – 99 minutos.
Baseado no livro homônimo do jornalista Ben Sherwood (atual presidente da ABC News), a história romântica conta sobre a forte ligação entre dois irmãos, vítimas de um grave acidente, que resultou no falecimento do pequeno Sam (Charlie Tahan) e deu para Charlie (Zac Efron) a capacidade ver os espíritos.
Contudo, devido ao trauma de abandono dos dois, Charlie promete ao irmão que nunca irá deixá-lo e terá uma rotina com ele como se estivesse vivo, enterrando seu futuro promissor nos estudos e a possível vida de campeão na vela. Só que o tempo passou e anos mais tarde, trabalhando como zelador no cemitério da cidade, o jovem recluso acaba se encantando pela velejadora Tess (Amanda Crew), que deve se ausentar por um grande período.
Tendo como pano de fundo a questão familiar e a dificuldade do encontro dos corações amantes, o conflito do protagonista passa a ser em relação ao mundo material e o espiritual, fazendo com que o filme transite pelo tema vida após a morte de maneira sensível e até surreal.
Coincidência ou não, tem sido forte a tendência cinematográfica recente de abordar a vida após a morte. NOSSO LAR, que foi catequético; ALÉM DA VIDA, de Clint Eastwood, pungente; CHICO XAVIER, biográfico; CONTRACORRENTE, profundo e sensível, obra-prima do cinema peruano, só para citar alguns exemplos recentes. A MORTE E VIDA DE CHARLIE é um tocante drama da alma humana. O diretor Steers acerta nas cores e na história, mesmo não conseguindo apresentar uma linguagem muito elaborada. É um filme agradável e vai agradar quem estiver procurando uma diversão leve.
EM SETEMBRO - OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS
quarta-feira, 29 de junho de 2011
A DUQUESA (The Duchess)
A DUQUESA (The Duchess) Inglaterra/França/Itália, 2008 – Direção de Saul Dibb – Elenco: Keira Knightley, Ralph Fiennes, Dominic Cooper, Charlotte Rampling, Hayley Atwell – 110 minutos.
Ambientado na Inglaterra de 1780, uma época machista e conservadora, a bela e ingênua Georgiana (Keira Knightley) aceita a proposta de casamento do bilionário Duque de Devonshire (Ralph Fiennes), sem sequer conhecê-lo muito bem. Afinal, trata-se do homem mais poderoso do Reino Unido e até a mãe da moça (Charlotte Rampling) empurra sua filha para o “partidão”. O Duque, por sua vez, não é nenhum primor de requinte, mas é perfeitamente claro em suas convicções: o casamento só lhe interessa para gerar um herdeiro masculino para sua riqueza. A partir daí, Georgiana vive um casamento infeliz; enfrenta a hipocrisia da sociedade; é obrigada a manter as aparências a qualquer custo; tem que aceitar as amantes, traições, desilusões etc... Tudo com uma direção precisa do inglês Saul Dibb, neste que é apenas o seu segundo filme para cinema. O primeiro foi BULLET BOY, ainda inédito no Brasil.
Dibb opta por uma direção sóbria e conta sua história de forma clássica e tradicional, tão clássica e tão tradicional quantos os costumes que ele relata em seu filme. Fotografia esplêndida explorando os tons quentes das luzes de velas, locações exuberantes pela Inglaterra, figurino luxuoso e momentos silenciosos e calmos para provocar a reflexão do espectador.
O sofrimento, por exemplo, base de boa parte da história, é 100% causado pela ignorância e pela intolerância humanas. Diferente de outros filmes do gênero, não há uma única doença, uma única guerra, um único tiro ou acidente que contribua para tanta tristeza e humilhação. Tudo é fruto direto da prepotência do homem. Georgiana é uma personagem adiante do seu tempo, inteligente demais, simpática demais, perspicaz demais e até política demais para viver sua plenitude em meio a tantas normas e tradições machistas.
Ao mesmo tempo, percebe-se no ar a chegada de novos tempos, de uma provável revolta que mudaria tudo, mesmo porque a ação é ambientada 15 anos antes da Revolução Francesa. Uma mudança tão grande no comportamento social que forjaria os padrões para um homem mais livre, uma mulher mais livre. A DUQUESA é baseado em uma história real e, toda produção foi realizada com mestria e competência, apresentando um espetáculo de grande impacto e beleza magnetizante. As filmagens ocorreram entre 17 de setembro e dezembro de 2007. Uma instigante história real de um opulento mundo repleto de paixão sufucante, cruel traição e exigências repressoras. Amada pela nação mas traída pelo marido, Georgiana Spencer - antepassada da Princesa Diana - a Duquesa de Devonsthire escolhe entre responsabilidade e amor. Este envolvente retrato da maior sensação da Inglaterra foi muito elogiado tanto pelo publico quanto pela crítica. Ela era exuberante. Ela era heróica. Ela era A DUQUESA. Absolutamente arrebatador!!!!
terça-feira, 28 de junho de 2011
CAÇA ÀS BRUXAS (Season of the Witch)
CAÇA ÀS BRUXAS (Season of the Witch) EUA, 2011 – Direção Dominic Sena – Elenco: Nicolas Cage, Ron Perlman, Stephen Campbell Moore, Stephen Graham, Christopher Lee, Ulrich Thomsen, Claire Foy, Robert Sheehan – 95 minutos.
Nicolas Cage é Behmen, um cruzado que perdeu a fé ao ver soldados a seu lado assassinando mulheres e crianças nas batalhas religiosas em vários continentes. Ao retornar para a Europa, na companhia de Felson (Ron Perlman), encontra por onde passa povoados arrasados pela peste negra.
Para o cardeal D'Ambroise (Christopher Lee, irreconhecível pela maquiagem que deixa seu rosto completamente deformado pela peste), em seus últimos momentos de vida, a culpa é da prática da feitiçaria. Reconhecendo-os como cruzados, o chefe religioso pede aos dois amigos que ajudem a salvar sua cidade amaldiçoada, levando uma jovem (Claire Foy), suspeita de ser bruxa, para ser submetida a um ritual num mosteiro distante, que livrará a todos da praga.
O thriller sobrenatural que transcorre na Europa do Século XIV, arrasada pela peste, estreou nos cinemas do Brasil em 21 de janeiro passado. Os fãs de Nicolas Cage verão o astro de "Despedida em Las Vegas" em um drama de época, ambiente bem diverso do que ele costuma transitar na tela.
Um motivo para aceitar o papel do cruzado Behmen, cansado de guerras, foi a mudança de cenário dos sufocantes interiores do estado da Louisiana, onde ele filmou "Vício Frenético". "Caça às Bruxas" foi filmado nos Alpes austríacos e na Hungria. O filme possui uma fotografia esplendorosa e uma direção de arte impecável; além de mesclar os ingredientes de road movies e de companheirismo com thriller sobrenatural e drama de época. Visualmente bonito e com uma história de tirar o fôlego, merece ser visto.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
A ESTRADA (The Road)
A ESTRADA (The Road) EUA, 2009 - Direção John Hillcoat – Elenco: Viggo Mortensen, Kodi Smit-McPhee, Charlize Theron, Robert Duvall, Guy Pearce – 111 minutos.
QUANDO A CIVILIZAÇÃO ACABA, A BATALHA PELA SOBREVIVÊNCIA COMEÇA.
Um filme profundamente desolador sobre a assustadora e traumatizante realidade de um hipotético fim do mundo. A partir do romance de Comarc McCarthy, seguimos a história de um pai (Viggo Mortensen, sempre notável) que, na desesperada luta pela sobrevivência, faz absolutamente de tudo para salvar o filho (Kodi Smit-McPhee). O planeta está a morrer e a paisagem perdeu todas as cores da esperança. A humanidade está em ruínas. Impera o medo e a desconfiança, o pó e a morte. Há fome, frio e doenças. Os homens cederam ao canibalismo e aos instintos mais selvagens. A estrada é um lugar extremamente perigoso.
O argumento é construído à base de cenas e momentos impressionantes e de diálogos intensos e profundos: as memórias do passado, o adeus à fotografia, a cave dos moribundos, o bunker da comida e dos mantimentos, as passagens do velho cego (Robert Duvall), a morte na praia.
Como é que um pai pede a um filho para que o mate e que ele próprio se mate em seguida, com as únicas balas que lhes restam? Como é que se explicam a uma criança que nunca conheceu a paz ou a felicidade, os valores que fazem os homens bons? Como é que, numa situação-limite como esta, completamente insuportável e onde o caminho mais fácil é o suicídio, se explica a uma criança que vale a pena viver, amar, ser solidário, confiar, acreditar?
Visualmente arrebatador, com a excelente fotografia de Javier Aguirresarobe, dotado de uma direção artística irrepreensível e de uma trilha sonora tocante e de extrema sensibilidade, A ESTRADA é um filme para repensar no próprio ser humano, no planeta Terra e na própria Humanidade. Obrigatório!!
EM SETEMBRO - OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!
domingo, 26 de junho de 2011
JUSTIN BIEBER: NEVER SAY NEVER
JUSTIN BIEBER: NEVER SAY NEVER (Justin Bieber: Never Say Never) EUA, 2011 – Direção Jon Chu – elenco: Justin Bieber, Miley Cyrus, Sean Kingston, Jaden Smith, Usher Raymond, Ludacris – Documentário - 105 minutos.
É um bem-cuidado espetáculo musical recheado de cenas do cantor fora do palco e de fotos e filmes de infância, de certa forma premonitórios de seu futuro, como os que o mostram ainda menino, tocando bateria. Os fãs, predominantemente garotas da mesma faixa etária, suspiram e choram durante seus shows, como os filmados em sua última turnê e no Madison Square Garden de Nova York, que serviram de base para o documentário dirigido por Jon Chu.
A mensagem do filme para seu público é "nunca desista de seus sonhos", como o próprio Justin insistiu pelo twitter, como parte da campanha de lançamento. Ele próprio é a concretização de um sonho. Filho de uma mãe solteira que postava seus vídeos no Youtube, Justin foi descoberto pelo agente Scooter Braun, que o apresentou a Usher, a sensação do R&B, que o apadrinhou na gravadora Island Records, onde começou sua carreira profissional. A partir de então, deu-se a explosão que todos conhecem. Usher aparece em várias cenas do filme. A produção custou relativamente barata - apenas US$ 13 milhões - e conseguiu faturar só no fim de semana de lançamento, nos Estados Unidos, US$ 29,5 milhões.
Jon Chu filmou em 3D um show de Bieber no Madison Square Garden, mesma casa pela qual passou Michael Jackson no concerto comemorativo de 30 anos de carreira em 2001. As imagens ao vivo são intercaladas por vídeos caseiros quando o cantor adolescente ainda não era o superstar de hoje. O menino canadense de 16 anos é carismático, claramente apaixonado pelo que faz e tem um talento extraordinário, especialmente se for comparado com a quantidade de lixo lançado anualmente na música pop. Sua personalidade é forte e, assistir ao documentário é um deleite, não só para os fãs, mas também para outro tipo de espectador que não tenha qualquer tipo de preconceito. Os trechos ao vivo, as imagens de arquivo e a atmosfera de bastidores são muito bem apresentados. Um documentário delicioso de se ver, recheado de músicas bonitas e muito bem cuidadas!! Merece o ingresso!!
sábado, 25 de junho de 2011
MOONWALKER (Moonwalker)
MOONWALKER (Moonwalker) EUA, 1988 - Direção Jerry Kramer, Jim Blashfield e Colin Chilvers – elenco: Michael Jackson, Joe Pesci, Sean Lennon, Mick Jagger, Hakeem Abdul-Samad, Brandon Quintin Adams, Lech Walesa, Jeff Adkins, Patrick Alan – 91 minutos.
Grande filme do Michael Jackson!! Rodado dez anos depois de sua primeira incursão no cinema, com O MÁGICO INESQUECÍVEL. É um filme excelente, com um show de efeitos especiais da melhor qualidade. Michael estava no seu apogeu. De extremo bom gosto, com um roteiro simples e de fácil entendimento para o espectador.
O filme começa com o vídeo de “Man in the Mirror” e depois parte para uma edição de videoclipes da carreira do cantor. Depois vem uma paródia de “Bad” interpretada por crianças e uma seqüência onde Michael é perseguido por fãs. Então mais dois vídeos são mostrados e o filme mostra o cantor como um herói com mágicos poderes, que é perseguido por Mr. Big (Joe Pesci), um traficante de drogas, mas mesmo assim Michael salva três crianças. Entre os vídeos estão “Smooth Criminal” e “Come Together”.
Além do filme ser muito criativo, é maravilhoso de assistir e ainda ajuda as pessoas a perceberem o mundo em que vivemos. É importante notar a bela mensagem anti-drogas, além de pregar a paz e o amor entre as pessoas. Mesmo quem não gosta do Michael Jackson vai curtir este evento cinematográfico. É o filme mais pop do cinema!!!! Recomendado pra todas as idades!! Uma obra prima de musical!
POSTAGEM em homenagem ao saudoso MICHAEL JACKSON, que hoje completa dois anos de sua morte!!
EM SETEMBRO - OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS!!
sexta-feira, 24 de junho de 2011
A GAROTA DA CAPA VERMELHA (Red Riding Hood)
A GAROTA DA CAPA VERMELHA (Red Riding Hood) EUA / Canadá, 2011 – Direção Catherine Hardewicke – elenco: Amanda Seyfried, Gary Oldman, Billy Burke, Shiloh Fernandez, Max Irons, Julie Chiristie, Virginia Madsen, Lukas Haas – 100 minutos
A Crítica, de uma forma geral, torceu o nariz para este filme teen, mas como não devemos nunca ir pela opinião de ninguém, recomendo que assistam "A Garota da Capa Vermelha", que faz uma releitura da história infantil de Chapeuzinho Vermelho para o público adolescente de nossos tempos.
A personagem principal, Valerie, é interpretada por Amanda Seyfried, atriz irregular de belos olhos arregalados que faz lembrar personagem de mangá. Vivendo numa aldeia da Idade Média, ela e seu povoado sofrem de um grande mal. Em noites de lua cheia, são atacados por um lobo mau, um lobisomem ou uma criatura semelhante. Para evitar mortes, sacrificam-se animais. O povoado vive sob medo constante. A situação piora quando a irmã mais velha de Valerie é morta pela criatura.
A fábula Chapeuzinho Vermelho já havia sido parodiada de forma bem-humorada em 2005 com DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO. Agora ganha uma versão moderna pelas mãos do roteirista David Leslie Johnson e da diretora Catherine Hardwicke, que realizou “A Saga Crepúculo”. A fotografia é deslumbrante, com imagens aéreas belíssimas e esplendorosas. O elenco está bem e o roteiro mescla suspense com drama. Estreou nos cinemas em abril passado e já tem em DVD. Merece ser visto, sim!!
EM SETEMBRO - OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS, na minha modesta opinião!!
quinta-feira, 23 de junho de 2011
COMO ARRASAR UM CORAÇÃO (L'Arnacoeur)
COMO ARRASAR UM CORAÇÃO (L’Arnacoeur) França / Mônaco, 2010 – Direção Pascal Chaumeil – elenco: Romain Duris, Vanessa Paradis, Julie Ferrier, François Damiens, Héléna Noguerra, Andrew Lincoln, Jacques Frantz – 105 minutos.
O romantismo e o glamour francês em uma comédia inesquecível!! O cinema francês continua em alta, com este que está entre os melhores filmes europeus recentemente lançados. Alex Lippi (Romain Duris) tem uma profissão inusitada - é uma espécie de interventor em romances que estão, de algum modo, prejudicando mulheres. Contratado por alguém ligado a elas, como seus pais, ele se insinua em seu cotidiano, fazendo um jogo de sedução que dura até o momento em que elas decidem romper seus respectivos relacionamentos em favor de Alex. Nessa hora, ele já tem um número montado para dar o fora. Alex Lippi é o anti-herói por trás dessa deliciosa comédia romântica francesa, dirigida por Pascal Chaumeil, ex-assistente de Luc Besson, em seu primeiro longa metragem. O sucesso foi enorme na França, que já tem refilmagem acertada nos EUA.
Partindo de uma ideia original de Laurent Zeitoun, um dos roteiristas, o filme é movimentado, passa-se em belos cenários, como Marrocos, Mônaco e Nice, e tem no elenco Vanessa Paradis, a esposa de Johnny Depp. Ela interpreta uma milionária, que vai se casar com um inglês rico, bonito e bem educado. Este é o maior desafio do sedutor profissional, Alex Lippi: impedir q este casamento aconteça. Interferir em relações felizes transgride o próprio código de ética de Alex, mas ele é obrigado a aceitar a missão por estar devendo muito dinheiro a agiotas bandidões.
Gênero de grande repercussão popular na história do cinema, a comédia romântica é o tipo de filme perfeito para ser visto a dois, por casais apaixonados ou não, que buscam por alguns momentos leves e divertidos. Sem grandes conflitos, mas muito bem roteirizados (como é o caso deste), o gênero é um dos grandes representantes do cinema-entretenimento, e sempre atrai multidões, por isso o sucesso de COMO ARRASAR UM CORAÇÃO, que vendeu 4 (quatro) milhões de ingressos só na França. É um filme simples, delicioso e descompromissado, de narrativa livre, leve e solta, feito exclusivamente para entreter e divertir. E consegue, principalmente por ter situações inusitadas e muito hilárias. Há situações muito bem construídas, destacando as peripécias que Alex e sua equipe armam para se safar das encrencas em que invariavelmente se metem. A escalação de Romain Duris foi acertadíssima, mormente porque ele sempre foi ator de qualidades dramáticas, comprovadas em seus filmes anteriores. Apesar de franzino, ele é muito irresistível e encantador. A comprovação de que as francesas e os franceses gostaram ficou comprovado com o enorme sucesso do filme. Não percam!!
quarta-feira, 22 de junho de 2011
RACHA - VELOCIDADE SEM LIMITE (Tau Man Ji D / Initial D)
RACHA – VELOCIDADE SEM LIMITE (Tau Man Ji D) China / Hong Kong, 2005 – Direção Wai-Keung Lau, Alan Mak (Siu Fai Mak) e Ralph Rieckermann – elenco: Shawn Yue, Edison Chen, Jay Chou, Anthony Wong Chau-Sang, Chapman To, Tsuyoshi Abe, Anne Suzuki, Kenny Bee, Liu Keng Hung, Jordan Chan, Kiyohiko Ueki, Kazuo Yashiro – 107 minutos.
Por cinco anos, o jovem Takumi, de 18 anos, todas as manhãs sai para fazer entregas no ultrapassado Toyota AE86. Não só ele se tornou um excelente piloto, mas também aperfeiçoou a arte da derrapagem. Ele jamais havia participado de alguma corrida, até que seu pai o obriga a dirigir seu Toyota AE86, em uma batalha de Davi contra Golias, contra um Mazda Rx-7 FD. Uma gloriosa, porém inesperada vitória desperta os genes da competição nele, enquanto sua fama inesperada o leva a difíceis corridas, uma após a outra, cada uma mais perigosa e excitante que a outra!!
Com o título em inglês de INITIAL D e em chinês TAU MAN JI D, RACHA – VELOCIDADE SEM LIMITE, é um filme de ação ao vivo, produzido em Hong Kong, numa co-produção com a China e baseado no mangá japonês “Initial D”.
A história está bem reduzida, já que foram condensados perto de quarenta episódios do anime em um único filme, mas mesmo assim, ficou um excelente filme no gênero. É bastante indicado para os fãs do anime, mas mesmo quem não é fã vai curtir, porque ele tem uma química boa com o espectador em geral. Entre as adaptações que mais chamam a atenção, está o fato do hachi-roku ganhar capô preto antes do Takumi entrar para o Project D; o sumiço do Kensuke e o fato do Itsuki virar filho do dono do posto de combustível. Destaque para o Bunta, interpretado pelo mesmo sujeito que fez o filme CASA DA FÚRIA, produzido por Jackie Chan. O mangá de corridas de rua de Shuichi Shigeno foi um dos filmes mais esperados da Ásia!! Merece ser descoberto e cultuado!! Assistam!!
EM SETEMBRO - OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS, na minha modesta opinião!!
terça-feira, 21 de junho de 2011
CAMINHO DA LIBERDADE (The Way Back) EUA, 2010 – Direção Peter Weir – elenco: Jim Sturgess, Ed Harris, Colin Farrell, Saoirse Ronan, Mark Strong, Dragos Bucur, Gustaf Skarsgard, Alexandru Potocean, Sebastian Urzendowski – 133 minutos.
Uma história absolutamente surpreendente!! Extraída do livro “The Long Walk: The True Story of a Trek to Freedom”, publicado em 1956, onde o tenente polonês Slamovir Rawicz escreve sua própria história. Capturado pelos russos e condenado por espionagem durante a Segunda Guerra Mundial, Slamovir foi enviado para um campo de concentração na Sibéria, de onde, surpreendentemente, conseguiu escapar. Mas sua fuga, ao lado de um pequeno grupo de companheiros, está longe de ser o ato mais inacreditável do livro. Ela é apenas o primeiro passo de uma gigantesca caminhada rumo à tão sonhada liberdade.
Em 2006, a BBC questionou a veracidade dos feitos do livro, uma vez que o próprio autor, Slamovir Rawicz, não apontou evidências que comprovassem a sua história.
Mesmo assim a aventura de um punhado de homens que transita pelo tênue limite que separa a coragem da loucura aos poucos vai formando uma unidade indivisível na luta pela sobrevivência. Pessoas que há pouco sequer se conheciam, que não compartilhavam sequer o idioma, desenvolvem fortes laços de amizade, lealdade e interdependência, tudo em nome de um objetivo maior: um pouco mais de vida. Somente unidos eles poderão lutar contra o gelo avassalador, o sol assassino, a fome, a sede, o desequilíbrio emocional, e talvez o mais cruel dos inimigos: a ignorância do homem em tempo de guerra.
O livro virou roteiro cinematográfico pelas mãos do documentarista Keith R. Clarke e se transformou num belíssimo filme dirigido pelo australiano Peter Weir, um dos grandes cineastas da atualidade, realizador de inesquecíveis obras-primas do cinema, como “SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS” (1989); “O SHOW DE TRUMAN”, com Jim Carrey; “O MESTRE DOS MARES” (2003) etc. O diretor novamente se apoia sobre um elenco talentoso e sabe como dele extrair os melhores resultados. Em CAMINHO DA LIBERDADE, obtém interpretações magistrais e uma magnífica unidade dramática de Jim Sturgess, Ed Harris, Colin Farrell, Mark Strong e Saiorse Ronan, entre outros.
É um filme notável, que busca na grandiosidade a sua razão de ser. A história apresenta uma jornada de proporções épicas, de sobrevivência apesar das adversidades. É uma história real que precisa de algumas concessões que só a ficção pode lhe dar para que exista. Em termos técnicos, o filme é brilhante e irretocável. A maquiagem nas cenas de intenso calor é das mais convincentes, a fotografia nos lança diretamente na ação, e as belíssimas locações incluem India, Marrocos, Bulgária e Austrália. Foi lançado recentemente nos cinemas, em maio último. Merece ser conferido!!!!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
AMANTES (Two Lovers)
AMANTES (Two Lovers) EUA, 2008 – Direção James Gray – Elenco: Joaquin Phoenix, Gwyneth Paltrow, Vinessa Shaw, Isabella Rossellini, Elias Koteas, Moni Moshonov – 110 minutos.
James Gray filma o embate entre o que é arraigado e o que precisa ser destruido, entre o compromisso e o voo livre, entre a porralouquice e o cerco do que é comum.
Leonard, personagem de Joaquin Phoenix em AMANTES, é o mais desajustado entre os desajustados de Gray. O que mais tem dificuldades em se libertar da rede doméstica, apesar de ser o que mais visivelmente se incomoda com ela. Enquanto ele não romper os laços com seus pais, com quem divide um apartamento, não saberá exercer sua individualidade. Não é uma pessoa comum, mas um homem sensível, que se abate muito facilmente, e por isso ao mesmo tempo que precisa do conforto familiar, o repele, pois sente que essa dependência é castradora. Ele se apaixona pela vizinha, interpretada por Gwyneth Paltrow, que tem um amante casado. Mas sua família aprova as investidas da filha (Vinessa Shaw) de um negociante que pode melhorar a situação econômica de todos. A rede na qual está enrolado é difícil de se desvencilhar, ainda mais com a insegurança tremenda que ele sente.
Não há como negar a pungência desse grande filme, a dor dos momentos mais líricos, a força do olhar dos atores, especialmente de Joaquim Phoenix (ator que já havia trabalhado com Gray nos dois filmes anteriores do diretor, aqui no papel de sua vida) e Vinessa Shaw. Captar esses olhares pode até parecer fácil para um espectador comum. Mas você não os vê em mais do que cinco ou seis filmes por ano, sendo otimista. É algo que só pode ser almejado por alguém que pretende, primeiramente, tocar nossas emoções, sem se fazer de esperto, sem estar na moda, sem preocupação alguma com tendências como o dogma ou do cinema independente americano, que emula Godard ou Cassavetes.
Esse filme extraordinário lançado no Brasil em 28/08/2009 é um belíssimo drama romântico e tem uma premissa que lembra um famoso poema de Drummond. Aqui, Sandra ama Leonard, que ama Michelle, que ama Ronald, que não a ama o suficiente para abandonar a esposa e filho e ficar com ela. E todos sofrem por isso. AMANTES (Two Lovers) narra o embate entre a conformidade e a rebeldia, assim como deixa entrever um embate entre o cinema clássico e o moderno. O clássico vence no final, obviamente. O espectador irá saber quem será o vencedor do outro embate, em uma das cenas finais mais tocantes em muito tempo. É um dos filmes mais belos do ano!! Absolutamente tocante e obrigatório!!
EM SETEMBRO - OS 100 MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS, na minha modesta opinião!!
domingo, 19 de junho de 2011
A BATALHA DOS TRÊS REINOS (Chi Bi)
A BATALHA DOS TRÊS REINOS (Chi Bi / Red Cliff) - China, 2008 – Direção John Woo – elenco: Takeshi Kaneshiro, Tony Leung Chiu-Wai, Fengyi Zhang, Jun Hu, Chen Chang, Chiling Lin, Yong You – 150 minutos.
O aclamado diretor John Woo, reconhecido na Ásia e em Hollywood pelos seus revolucionários filmes de ação, voltou ao seu país natal para filmar um dos momentos mais sangrentos da história chinesa: o período dos “Três Reinos”, no século III.
Entre os anos de 220 e 280, a China, então unificada politicamente pela dinastia Han, se dividiu em três estados independentes e rivais – Wei (no Norte), Shu (no Oeste) e Wu (no Leste) –, culminando em uma série de duros combates que envolveram cerca de 1 milhão de pessoas.
O filme estreou na China em 2009 e rapidamente se tornou um dos maiores sucessos de bilheteria no país. A produção é baseada em uma passagem do Romance dos Três Reinos, clássico da literatura chinesa escrito em cerca de 1350 por Luo Guanzhong. A trama mostra a invasão do território de Wu por guerreiros do clã Cao Cao. Mesmo auxiliado por um de seus rivais, Liu Bei, os exércitos de Wu não são suficientes para enfrentar o inimigo, até que um estrategista propõe uma medida de inteligência para aniquilar o exército de Cao Cao.
Com orçamento de 80 milhões de dólares, A BATALHA DOS TRÊS REINOS tornou-se o filme asiático mais caro da história. As estratégias de batalha são um glamour para os olhos do espectador. A forma de pensar dos generais de ambos os lados e principalmente do maior estrategista do exército de Liu Bei, Zhuge Liang (Takeshi Kaneshiro), é exata ao extremo… tão exata que beira à perfeição. Tecnicamente falando, o filme também é perfeito: os enquadramentos e movimentos rápidos das câmeras de Woo mostram que ele ainda é um dos melhores diretores de ação do mundo. Mas ele se supera mesmo é nas tomadas aéreas (sua câmera viaja pelos reinos e também pelos exércitos, o que lembra muitas vezes as câmeras de Peter Jackson na Trilogia O SENHOR DOS ANEIS) e também na direção dos atores (Tony Leung e Takeshi Kaneshiro estão perfeitos). Um dos melhores filmes do diretor em muitos anos!! Grandioso, estupendo e absolutamente arrebatador, está entre os melhores, maiores e mais espetaculares filmes da década!!
sábado, 18 de junho de 2011
A ORIGEM (Inception)
A ORIGEM (Inception) EUA / Reino Unido, 2010 – Direção Christopher Nolan – Elenco: Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page, Tom Hardy, Ken Watanabe, Dileep Rao, Cillian Murphy, Tom Berenger, Marion Cotillard, Michael Caine, Lukas Haas, Pete Postlethwaite – 148 minutos.
Em um universo em que é possível entrar no sonho das pessoas, Cobb é especializado em extrair informações da mente de pessoas dormindo. Ele é acusado de um crime e não pode voltar para casa. Sua chance de recuperar tudo o que perdeu está em um trabalho na mente de um herdeiro.
A matéria-prima da história são os sonhos, não em si mesmos, mas como território para uma nova modalidade de crime - o roubo de ideias de pessoas enquanto estão dormindo, quando ladrões invadem seus sonhos.
O maior especialista nesta audaciosa espionagem industrial do subconsciente é Dom Cobb (Leonardo Di Caprio), que trabalha armado com um arsenal que inclui drogas poderosas, equipamentos de última geração e um time de auxiliares de primeira. Entre eles, o primeiro-assistente, Arthur (Joseph Gordon-Levitt, de "500 Dias com Ela"), o designer de ambientes Nash (Lukas Haas), o químico Yusuf (Dileep Rao, de "Avatar") e o faz-tudo Eames (Tom Hardy).
Independente de qualquer crítica social que o filme possa fazer ou não, é inegável que A ORIGEM já pode ser considerado um dos grandes filmes de 2010. Tenso, criativo, intrigante, inteligente e magnético; além de uma bela história de amor. Alguns filmes provam que é possível combinar ação e aventura com roteiros inteligentes. Este grande filme é um deles. Firme na direção e genial no roteiro, Christopher Nolan consegue se superar ao narrar – com precisão e maestria – esta intrigante mistura de ficção científica com drama romântico. Não deixem de ver!!
sexta-feira, 17 de junho de 2011
A BANDA (Bikur Ha-tizmoret)
A BANDA (Bikur Ha-tizmoret / The Band's Visit) – Israel / França / EUA, 2007 - Direção: Eran Kolirin - Elenco: Shlomi Avraham, Saleh Bakri, Ronit Elkabetz, Sasson Gabai, Uri Gavriel, Imad Jabarin, Ahuva Keren, François Khell, Hisham Khoury, Tarak Kopty.
O longa-metragem marca a estréia de Eran Kolirin na direção. A produção foi a indicação de Israel para concorrer ao Oscar 2008 de Melhor Filme Estrangeiro. Mas, devido à grande quantidade de diálogos em inglês (em vez de árabe ou hebraico), a candidatura teve de ser retirada. A BANDA ganhou dois prêmios no European Film Awards Festival nas categorias de Melhor Ator (Sasson Gabai) e Descoberta do Ano. Foi ainda indicado na categoria de Melhor Roteiro; foi indicado no Independent Spirit Awards como Melhor Filme Estrangeiro; ganhou o Prêmio da Juventude, o Prêmio FIPRESCI e o Juri Coup de Coeur, na Mostra “Un Centain Regard”, no Festival de Cannes; ganhou o Prêmio Especial do Júri e o Prêmio do Público, no Festival de Copenhagen, entre outros prêmios pelo Mundo.
Uma banda perdida numa cidade perdida. Logo são acolhidos pelos amigáveis moradores que, apesar das diferenças culturais, abrem seus corações aos forasteiros. Durante 24 horas cheias de paixão e confusões, a música e o amor criam entre eles uma conexão inesquecível. Um filme que surpreende tanto na força como na delicadeza. Apresenta planos magnificamente compostos e um elenco estupendo. Possui instantes de sintonia sublime. É um achado cinematográfico!! É o cinema israelense cada vez melhor!! Absolutamente belo e obrigatório!!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
ÁGUA PARA ELEFANTES (Water For Elephants)
ÁGUA PARA ELEFANTES (Water For Elephants) EUA, 2011 –Direção Francis Lawrence – elenco: Robert Pattinson, Reese Witherspoon, Christoph Waltz, Jim Norton, Paul Schneider, Hal Holbrook – 120 minutos.
Escrito por Richard LaGravenese a partir do romance de Sara Gruen, e dirigido por Francis Lawrence, que tem em seu currículo grandes filmes como EU SOU A LENDA e CONSTANTINE, é um belo drama romântico à moda antiga. A história é contada por Jacob (Robert Pattinson), décadas após ter abandonado a escola de medicina veterinária depois da morte dos pais, juntando-se a um circo itinerante. Nessas cenas, ele é interpretado pelo veterano Hal Holbrook. Mas nos flashbacks, ou seja, na maior parte do filme, é Robert Pattinson quem assume o personagem.
A trama passa-se na época da Grande Depressão, o que garante uma direção de arte muito bonita, assinada pelo veterano Jack Fisk, que foi capaz de criar um circo, cujo colorido e brilho nem sempre escondem a melancolia dos tempos de dificuldade financeira. A crítica, de uma forma geral, torceu o nariz para o filme e o colocou como um produto descartável e de qualidade duvidosa; mas isso já era esperado, pois os críticos adoram esnobar alguns novos talentos como o Pattinson.
O filme possui uma narrativa tradicional e é talhado à imagem e à semelhança dos grandes clássicos de antigamente. Preocupa-se apenas em contar bem a sua história, o que faz com muita eficiência, graças não somente à direção segura de Francis Lawrence, como também ao elenco competente, que tem Reese Whiterspoon, dando conta de seu papel com qualidade, não precisando provar nada prá ninguém; Robert Pattinson, provando aqui que tem talento para uma longa carreira; além do ótimo Christopher Waltz, num papel difícil, mas encenado com perfeição. A reconstituição de época e a direção de arte são primorosos, além da bela fotografia do mexicano Rodrigo Prieto. Merece ser conferido!! Foi lançado nos cinemas em abril deste ano.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
CONTRACORRENTE
CONTRACORRENTE (Contracorriente) Perú/Colômbia/França/Alemanha, 2009 – Direção Javier Fuentes-León – Elenco: Cristian Mercado, Manolo Cardona, Tatiana Astengo, José Chacaltana, Cindy Diaz – 100 minutos.
A história se passa num pequeno vilarejo no Peru, que parece perdido no tempo e no espaço. Não fossem algumas bugigangas tecnológicas, podia-se pensar que a história se passa há algumas décadas. Ao menos, a mentalidade local parece parada no passado remoto. Quando o filme começa, o pescador Miguel (Cristian Mercado) tem um romance com o fotógrafo e pintor Santiago (Manolo Cardona). Não seria nada demais, não fosse o primeiro casado com Mariela (Tatiana Astengo), que está grávida. A relação entre os dois sempre acontece ao longe, em praias isoladas, onde sozinhos podem viver o seu amor. O pescador Miguel é um personagem com um conflito muito grande: apaixonado por Santiago e também por sua mulher, ele fica dividido entre o dever e seu coração. Na vila onde moram, o fotógrafo é visto com hostilidade, ninguém fala com ele e crianças atiram ovos em suas janelas.
De narrativa direta e simples, mas muito eficiente, o filme aborda os dilemas amorosos e sexuais do protagonista de forma humana e afetiva, sem julgamentos. Constrói bem seus personagens dando-lhes força real e profunda dimensão humana, sem cair na tentação de eleger heróis ou bandidos. Por isso mesmo cria empatia e confere muita dignidade e realismo, em deixar a poesia de lado. Um filme belíssimo que consegue aquele esperado diálogo com a plateia e com qualidade.
Este filme forte e aclamado internacionalmente como um dos melhores do ano apresenta personagens muito humanos e repletos de nuance. Desde o pescador que nem sempre sabe lidar com sua bissexualidade, até o fotógrafo bem resolvido, passando pela mulher de Miguel, que fica dividida entre o amor pelo marido e o preconceito enraizado em sua educação. Educação essa, que prega que homem não pode ver novela; homem tem que gostar de futebol. Numa sequência Mariela dá um sorriso sem graça quando diz para as amigas que Miguel vê a reprise da novela brasileira "Direito de Amar" e gosta muito de Lauro Corona.
Premiado com diversos prêmios, entre eles o de público do Festival de Sundance do ano 2010, CONTRACORRENTE, com sua sensibilidade e realismo, é um filme poderoso que faz um belo retrato da hipocrisia falando de amor. Uma obra-prima do atual cinema latino americano!!
terça-feira, 14 de junho de 2011
ANTES DO AMANHECER
ANTES DO AMANHECER (Before Sunrise) EUA, 1995 – Direção Richard Linklater – elenco: Ethan Hawke, Julie Delpy, Karl Bruckshwaiger, Tex Rubinowitz, Dominik Castell, Harold Waiglein – 105 minutos
Jesse (Ethan Hawke), um jovem americano, e Celine (Julie Delpy), uma estudante francesa, se encontram casualmente no trem para Viena e logo começam a conversar. Ele a convence a desembarcar em Viena e gradativamente vão se envolvendo em uma paixão crescente. Mas existe uma verdade inevitável: no dia seguinte ela irá para Paris e ele voltará ao Estados Unidos. Com isso, resta aos dois apaixonados aproveitar o máximo o pouco tempo que lhes resta.
É um conto extremamente inteligente sobre os dois jovens numa encruzilhada. As pessoas, os lugares e os atraentes mistérios de Viena tornam-se seu novo itinerário. Pelo caminho os apaixonados partilham as suas esperanças, sonhos, preocupações, alegrias e paixão. Em dia que ficará gravado para sempre nas suas memórias. Havia nos protagonistas o encantamento dos primeiros encontros casuais e uma impulsividade típica dos vinte anos. Uma inesquecível e belíssima história de amor. ANTES DO AMANHECER homenageia momentos breves que se tornam eternos, encontros e melhor do que desencontros…..os reencontros. Foi premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim.
O filme é simplesmente impecável! Os atores têm uma química impressionante, e, sem dúvida, é um dos melhores filmes românticos do cinema moderno. E uma homenagem aos amores eternos. Absolutamente maravilhoso e inesquecível! Poucos filmes conseguem a proeza de só com dois atores e um belíssimo cenário passar tanta emoção! Qualquer um de nós gostaria de viver esse momento. Mais do que recomendado!! Obrigatório!!