A MULHER DO PADRE (La Moglie del Prete) –
Itália, 1971 – Direção Dino Risi – elenco: Sophia Loren, Marcello Mastroianni,
Venantino Venantini, Jacques Stany, Pippo Starnazza, Augusto Mastrantoni, Giuseppe
Maffioli, Miranda Campa – 103 minutos
PADRE MARIO (Marcello Mastroianni) ENTRE A
DESLUMBRANTE VALERIA (Sophia Loren) E O CELIBATO
Sophia Loren mais uma vez deslumbrante, faz
dupla com Marcello Mastroianni nesta grande comédia do cinema italiano sobre o
problema do casamento dos padres católicos . Comédia que merece ser vista e
revista, pois a dupla central está formidável; o roteiro ótimo e os
coadjuvantes também são um destaque. Prá quem quer um filme sem grandes
pretensões e com muito humor, aqui está uma boa opção!!
Com o fim do seu
relacionamento com um homem casado, Valeria (Sophia Loren), uma ex-cantora pop,
decide se suicidar, mas é impedida pelo Padre Mario (Marcello Mastroianni), um
sacerdote convencido a tal ponto da sua vocação que são suficientes alguns dias
ao lado da mulher para vacilar. Os dois se encontram através do fio de um
telefone amigo, quando Valeria telefona para ter um último contato humano; e é
dissuadida em cinco minutos pelas palavras confortadoras do homem. É suficiente
este assunto para compreender como em “A Mulher
do Padre” (1971) para Dino Risi não era tão importante a
credibilidade, quanto explorar um par testado e amadíssimo pelo público. Além
disso, tratando um tema que sem dúvida teria levantado polêmicas e chamado a
atenção. Com efeito, apesar de uma certa indignação suscitada em ambientes
católicos da época, a trama é desenvolvida quase sempre com desenvoltura e com
uma ligeireza que muitas vezes faz sorrir.
O diretor Dino Risi nasceu em
Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema,
roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos
anos 1950 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da comédia italiana,
ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes,
entre os quais "Férias com o Gangster" (1951), "O Signo de
Venus" (1955), "Belas, mas Pobres" (1956), "Essa Vida
Dura" (1961), "Aquele que Sabe Viver" (1962), "Operação San
Genaro" (1966), "Esse Crime Chamado Justiça" (1971).
"Perfume de Mulher" valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de
interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão
de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.